A expectativa é que, a partir de setembro, seja possível retomar alguma normalidade com o alívio de certas medidas restritivas impostas e acionadas para o combate à COVID-19. Quem o diz é Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, numa entrevista concedida este domingo, 11 de julho, ao "Jornal de Notícias" e à TSF.

Quando questionada sobre se, ainda em 2021, seria possível voltar a permitir o funcionamento de bares e discotecas e eliminar algumas restrições, Graça Freitas apontou para a previsão que indica que, "no início de setembro, cerca de 80% da população elegível" já terá recebido uma dose da vacina, enquanto 70% já terá tomado as duas doses. Essa previsão, diz, já tem em conta que haverá autorização para vacinar crianças entre os 12 e os 15 anos.

"Se isso acontecer, e apesar de termos a variante Delta [detetada na Índia] em circulação, dá-nos já um nível de imunidade bastante bom", explica. "Não havendo risco zero e dependendo, mais uma vez, da situação epidemiológica nessa altura, creio que a tendência será para assumir a nossa vida com alívio das medidas", revelou Graça Freitas na mesma entrevista.

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Apesar da previsão otimista, a diretora-geral da Saúde ressalva que, ocasionalmente, será necessário "fechar a torneira" em situações em que o vírus se encontre "com maior capacidade de expandir".

A perspetiva otimista surge na mesma altura em que Portugal atingiu a meta de ter 70% da população adulta com, pelo menos, uma dose da vacina tomada. "Este marco está em linha com o anúncio deste sábado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que a União Europeia atinja, este fim de semana, o seu objetivo de ter doses suficientes para vacinar 70% da sua população adulta", lê-se no comunicado citado pela rádio Renascença.

“À data de ontem [sexta-feira], já tinham sido administradas em Portugal continental 9.504.206 vacinas. Estas permitiram vacinar, com pelo menos uma dose, mais de 5.8 milhões de pessoas com 18 ou mais anos, que, no limite de um mês, terão o esquema vacinal completo. Ao momento, já quase quatro milhões estão totalmente vacinados”, continua a mesma nota enviada às redações pelo Ministério da Saúde, diz a agência Lusa, citada pelo jornal "Observador".