Vítor Rosa desmaiou três vezes em casa. Por esse motivo, foi transportado para o Hospital de Faro, onde deu entrada antes das 14 horas. Depois de esperar outras quatro para realizar os primeiros exames, dirigiu-se à casa de banho, onde acabou por ser encontrado morto.

O empresário de 63 anos, que tinha recebido pulseira amarela, desapareceu durante mais de 20 minutos, antes de a unidade hospitalar se aperceber do óbito. "É uma pessoa que estava num estado muito débil e foi encostada a um corredor do hospital sem assistência", aponta a filha, Carina Rosa, entrevistada pelo "Correio da Manhã".

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Durante as horas em que Vítor aguardou pelas primeiras análises, Carina e a mãe não conseguiram autorização para estar junto ao empresário. Acabaram por quebrar as regras e entraram nos corredores da Urgência. Ausentaram-se durante 40 minutos e, quando voltaram, por volta das 22 horas, a maca estava vazia.

"A minha mãe entrou em pânico e começou a gritar pelo meu pai para ver se ele a ouvia. Depois alguém foi à casa de banho e encontrou-o inanimado. Tentaram reanimá-lo, mas foi tarde demais", conta a filha do empresário de Faro. "Dissemos à equipa que ele não tinha lentes de contacto, não conseguia ver e não podia ser deixado sozinho", continua.

Carina informou o mesmo órgão de que o pai, de acordo com o hospital, terá morrido de uma arritmia maligna. Vítor Rosa foi, sim, encontrado sem vida na casa de banho, mas, segundo o hospital, "o atendimento clínico foi efetuado dentro do tempo expectável para a prioridade atribuída".

Esta situação acontece no mesmo mês em que a morgue do hospital de Faro entregou o corpo errado para cremar. "Esta situação levou a que um dos corpos fosse indevidamente recolhido pela agência funerária para cremação, tendo esta já ocorrido", declarou o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), citado pela CNN Portugal.