Galvin Peterson, 12 anos, foi encontrado morto em casa do pai em Utah, nos Estados Unidos, no dia 9 de julho. As autoridades receberam uma chamada de emergência relativa a uma criança que “não respirava” e “sofria de vómitos” há muito tempo.

Quando chegaram ao local, os paramédicos tentaram reanimá-lo no chão da casa de banho, onde foi descoberto, mas Galvin foi declarado morto depois de ter sido levado para o hospital, onde descobriram que a criança estava gravemente desnutrida, ao ponto dos seus órgãos terem entrado em falência.

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A polícia acredita que Galvin era vítima de abusos há vários anos e, como tal, o pai, Shane Peterson, 46, a madrasta, Nichole Scott, 50, e o irmão mais velho, Tyler Peterson, 21, foram detidos. Shane e Nichole foram acusados de homicídio por abuso infantil, duas acusações de abuso infantil agravado e perigo para a criança.

A madrasta está ainda acusada de posse de droga e de obstrução a uma investigação, enquanto Tyler está acusado de homicídio por abuso de menores, duas acusações de abuso de menores agravado e obstrução à justiça. A mãe de Galvin, Melani Peterson, perdeu a custódia do filho entre 2014 e 2015 após ter sido condenada por posse de droga.

Foram descobertas imagens de videovigilância e mensagens entre os membros da família que revelam pormenores dos últimos dias de Galvin, nomeadamente o facto da criança receber apenas “um pedaço de pão com mostarda” para comer e “um terço de um copo de água” para beber e de estar proibido de ir à casa de banho.

Além disso, foram descobertas conversas sobre “bater ou espancar” Galvin com um “pau de pinhata”, além do facto de a criança ter sido trancada no seu quarto e de ser obrigada a bater à porta para sair, segundo o "Mirror". Ainda, Nichole e Shane afirmaram que o rapaz estava doente, com vómitos e convulsões há vários dias, mas que não tinham consultado um médico.

“Na maior parte das imagens, a criança está apenas a usar uma fralda muito saturada. A criança pode ser vista a enroscar-se no chão do quarto, por não ter roupa de cama nem cobertores. Várias imagens mostram também feridas nas costas da criança”, avançou o gabinete do xerife do condado de Webster, nos Estados Unidos.