Beatriz Pereira, de 16 anos, foi detida em setembro de 2023 pela Polícia Judiciária (PJ) por matar a própria irmã, Lara, de 19, em Peniche. A vítima estava desaparecida desde agosto, havendo até publicações nas redes sociais, na altura, a pedir informações sobre o seu paradeiro. A jovem de 16 anos confessou o crime depois de ter sido confrontada com várias provas e, esta quarta-feira, 20 de março, o Ministério Público acusou a jovem.
Beatriz foi acusada dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver, segundo o jornal “Observador”. De acordo com a acusação feita, Beatriz e Lara viviam com o pai, dependente do álcool, então era a irmã mais velha que “assumia uma posição de supervisão” sobre a jovem de 16 anos, “vigiando e tentando reprimir contactos sexuais e amorosos via Internet”, disse o Ministério Público, segundo o “Correio da Manhã”.
No entanto, foi precisamente por essas repreensões feitas por Lara a Beatriz sobre a troca de mensagens sexuais que as duas começaram a discutir, e a arguida utilizou “provavelmente uma faca” para atingir a irmã no abdómen, arrastando-a para dentro do quarto e escondendo o seu corpo por baixo da cama, aproveitando-se do facto de a irmã ser anã. Mais tarde, com a ajuda de um carrinho de mão, transportou o cadáver para um terreno nas traseiras de casa.
Quando perguntada sobre o paradeiro da irmã mais velha, Beatriz “inventou que se teria ausentado de Peniche para ir ter com um antigo namorado”, segundo o Ministério Público, citado pelo “Observador”. Depois de apresentada a queixa, a Polícia Judiciária encontrou o corpo de Lara a 15 de setembro, um mês depois do crime.
“A jovem de 16 anos de idade, por motivo fútil, utilizando arma branca, desferiu número de facadas não apuradas, provocando a morte da irmã, que havida sido dada como desaparecida”, informou a PJ em comunicado na altura, de acordo com o "Jornal de Notícias". Beatriz acabou por confessar o crime depois de ter sido confrontada com provas do crime.