Em 2022, aquando o início da nova legislatura, haverá menos mulheres no parlamento do que em 2019. Este domingo, 30 de janeiro, foram eleitas 82 deputadas, menos sete do que nas últimas eleições legislativas, em 2019. E, apesar de ainda faltar apurar quatro deputados (dos círculos da emigração), uma coisa é certa: há menos 0,7% de representação feminina na Assembleia da República.
Em 2019, foram eleitas 89 mulheres para o hemiciclo de um total de 230 deputados, perfazendo um total de 38,7% de deputados do sexo feminino, a percentagem mais alta de sempre. Nas últimas legislativas, nove eram do Bloco de Esquerda, três do CDS-PP, uma do Livre, três do PAN, quatro do PCP, uma do PEV, 26 do PSD e 42 do PS.
Em 2022 (e faltando ainda contabilizar os mandatos dos círculos da Europa e de fora da Europa, quatro no total), foram eleitas 82 mulheres, que representam 38% do Parlamento. Estas foram as primeiras eleições realizadas em Portugal em que foi aplicada a reformulada Lei da Paridade, que determina que cada lista candidata ao sufrágio deve ter, no mínimo, 40% de elementos do sexo feminino (ao invés dos anteriores 33%) e que foi alargada às listas candidatas a assembleia municipal e assembleia de freguesia.
Dos oito partidos com assento parlamentar na próxima legislatura (menos um do que após as legislativas de 2019, uma vez que o CDS-PP não conseguiu eleger qualquer deputado), apenas dois têm liderança feminina: o Bloco de Esquerda de Catarina Martins e o PAN de Inês Sousa Real.
Mulheres eleitas por partido
226 deputados / 82 mulheres
PS - 42 mulheres (total 117 deputados)
PSD - 26 mulheres (total 71 deputados)
Chega - 1 mulher (total 12 deputados)
Iniciativa Liberal - 3 mulheres (total 8 deputados)
Bloco Esquerda - 3 mulheres (total 5 deputados)
PCP - PEV - 3 mulheres (total 6 deputados)
PAN - 1 mulher (1 deputado)
Livre - 0 mulheres (1 deputado)
PPD/PSD.CDS-PP - 2 mulheres (3 deputados)
PPD/PSD.CDS-PP.PPM - 0 mulheres (2 deputados)