Foi esta terça-feira, 8 de julho, emitida a segunda parte da entrevista à mãe de Valentina, a menina de nove anos que morreu após agressões violentas. Depois de na primeira parte ter explicado que soube da morte da filha pela televisão e acreditar que a filha foi assassinada por algo que viu e não devia, agora Sónia Fonseca explicou o relacionamento com o pai da criança – acusado de a matar.
Em entrevista à SIC Notícias explicou que a filha nunca veio maltratada de casa do pai – ideia que já tinha referido anteriormente. “A menina não vinha marcada. A Valentina nunca veio maltratada da casa do pai. Vinha sempre bem vestida”. Sónia respondeu também às críticas de negligência referindo uma pessoa que terá dito que Valentina se tinha queixado a ela das agressões.
“Essa senhora que falou fez-se passar por minha tia. Eu nem tão pouco sabia quem era a senhora que disse que a menina se tinha queixado, principalmente a ela, de que era vítima de agressões por parte do pai. Quando ela nunca sequer falou com a minha filha. Isso é mentira porque essa senhora nem minha tia é”. A mãe de Valentina negou também as críticas que dão conta de negligência por deixar a filha para trás enquanto saía à noite.
Sobre Sandro, o pai da menina, Sónia explicou que o relacionamento dos dois foi casual. “Conhecemo-nos há nove anos em Peniche. Não tínhamos um relacionamento sério, envolvemo-nos numa noite após sair com os amigos”. O pai da criança só terá reconhecido a paternidade de Valentina quando a criança tinha um ano e após a realização de um teste de paternidade.
Como já tinha revelado na primeira parte da entrevista, a mãe de Valentina voltou a reforçar que a madrasta, também acusada da morte da menina, sempre a tratou bem e que conhecia a enteada desde pequena. Sobre os culpados, Sónia avançou que eram os dois e revelou ainda ter receio de se cruzar com Sandro um dia.
“Ela para mim não morreu, está comigo e vai estar sempre”, disse Sónia visivelmente emocionada.