Depois de uma alteração ao programa “A Procuradora”, Manuela Moura Guedes decidiu abandonar o programa e a SIC. Em causa estava a possibilidade de a profissional de televisão fazer entrevistas a figuras de segundo plano. Moura Guedes recusou e por isso abandonou o espaço e a estação de Carnaxide.
Agora, lança farpas à estação privada. “Trabalho em televisão há 40 anos, já não me desiludo com ninguém”, começa por dizer à edição em papel da revista “TV Guia”.
“Propuseram-me nas férias fazer entrevistas e eu disse-lhes que ninguém ia aceitar ser entrevistado por mim, só personalidades de terceira e quarta categorias. E portanto o projeto ia ser um flop. Insistiram na ideia e eu não aceitei. Vim-me embora”, explica a mulher de José Eduardo Moniz.
Manuela Moura Guedes também referiu o facto de o programa ter passado a ter oito minutos em vez dos 18 inicialmente apresentados. “Comecei por ter 18 minutos, acabei com oito. Tinha uma pessoa da pesquisa a trabalhar comigo e levaram-na para o ‘Polígrafo’, projeto que soube pela imprensa”, diz.
“Se empurrar? Não. Sei que receberam muitas pressões para me afastar e também sei que é preferível terem o Francisco Louçã e o Marques Mendes, gente muito independente, como todos sabemos”. E continua: “É, deixei de comentar precisamente nessa altura. É estranho, não é?”, referindo-se ao facto de o programa ter sido interrompido em pleno período pré-eleitoral.
A mesma publicação contactou a SIC que referiu que tudo não passa de “fantasia”. “Foi proposto um formato a Manuela Moura Guedes que inicialmente aceitou. A 15 dias de ir para o ar, Manuela Moura Guedes teve dúvidas em relação ao formato, que assentava numa entrevista, e a SIC decidiu não avançar. A história é única e exclusivamente essa e é por isso uma fantasia o tema das pressões”.