Quatro dias depois de ver arquivado um dos processos judiciais do qual era alvo, movido no âmbito de acumulação de funções enquanto deputada e comentadora da SIC Notícias, Mariana Mortágua acusa o partido liderado por André Ventura de a perseguir politicamente.

Mariana Mortágua candidata-se à liderança do BE. Catarina Martins vai deixar o cargo após 10 anos
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Esta segunda-feira, 24 de abril, no programa "Linhas Vermelhas", da SIC Notícias, a deputada e candidata à liderança do Bloco de Esquerda recordou que, no último ano, foi alvo de três ações judiciais, uma levada a cabo por Marco Galinha, dono do grupo Global Media, por ter identificado "o seu sogro como um oligarca russo" e outras duas "por um membro destacado do Chega". Num desses processos, salientou ainda a deputada, Marco Galinha foi chamado como testemunha da acusação. "Estes processos têm um intuito muito claro, que é o desgaste público e político, quanto mais não seja porque, no decorrer destes processos, a comunicação social vai dando nota que eles acontecem, mesmo que o seu desfecho seja o arquivamento", explicou.

"E eu sei que este tipo de pressão e perseguição política vai continuar e até subir de nível, seja porque sou mulher, seja porque sou de esquerda, seja porque sou uma mulher lésbica, seja porque sou filha de um resistente antifascista com um passado e uma importante história, seja porque, aparentemente, tenho o dom de incomodar algumas pessoas com muito poder", apontou a deputada de 36 anos, que é filha de Camilo Mortágua, conhecido membro da resistência contra o regime do Estado Novo.