Na manifestação de sábado, 14 de novembro, Ljubomir Stanisic saiu à rua representando o setor da restauração numa manifestação que exigia mais medidas de apoio para uma das áreas mais afetadas pela pandemia. Dois dias depois, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, respondeu ao chef que pediu a isenção do pagamento da Taxa Social Única (TSU) para 2021 e uma redução do IVA.

A resposta, no entanto, surgiu de forma a não comprometer o governo quanto às propostas do chef do "100 Maneiras. "Não estou a dizer que sim, nem que não [face às ideias propostas por Ljubomir]. Estou a dizer que tivemos um grande cuidado em acompanhar um esforço deste setor", começou por dizer Siza Vieira em entrevista ao "Polígrafo", na SIC Notícias.

E ainda que o ministro reconheça que houve um aumento gradual do desemprego a afetar o setor da restauração e hotelaria, ressalva que "a queda ocorreu, sobretudo, até junho". Neste momento, há menos 23 mil trabalhadores nesta área quando comparado com os valores do início do ano.

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As exigências de Ljubomir Stanisic foram amplamente divulgadas durante a manifestação onde foi entrevistado para vários órgãos de comunicação social. Mas Siza Vieira afirma que o empresário e personalidade da televisão tem vindo a usufruir das medidas de apoio que foram sendo implementadas pelo governo de António Costa, e que permitiram a Ljubomir, e outros comerciantes, permanecerem em atividade.

"[Ljubomir] já fez muitas propostas no passado, sempre de forma muito ansiosa. Acho que ainda continua em atividade porque as respostas que o governo foi dando permitiram ao setor, perante um contexto adverso, tentar preservar o indispensável quando a procura retomar". E o ministro recorda ainda os 750 milhões de euros a fundo perdido, valor que será alocado a empresas em atividade nas áreas da restauração, alojamento e hotelaria para fazer face às adversidades da pandemia.

No próximo fim de semana, de 21 a 22 de novembro, os restaurantes voltam a estar obrigados ao regime de take away até às 13 horas e, depois disso, às entregas ao domicílio — não podendo os comerciantes receber clientes nos seus espaços comerciais.