O paradeiro de Mónica Silva continua por descobrir. As autoridades acreditam que a grávida de sete meses, desaparecida desde o início de outubro, na Murtosa, poderá ter sido assassinada, algo que fez com que fossem feitas buscas num poço – e que Fernando Valente, o ex-companheiro da mulher e principal suspeito do caso, ficasse em prisão preventiva.
Este sábado, 18 de novembro, os bombeiros entraram no poço, que contava com um cheiro nauseabundo e onde ficaram longas horas, com recurso a luz artificial. Depois da investigação, embora não tenham encontrado o cadáver, acabaram por recolher uma peça de roupa, que ainda não se sabe se pertence a Mónica, segundo a CMTV.
A par disto, terão sido encontrado vestígios de sangue num dos carros de Fernando Valente, que se juntam a outros indícios que o apontam como presumível autor de vários crimes que, a provarem-se, podem resultar uma pena de 25 anos de prisão, como homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver e ainda aborto agravado. O homem foi detido esta quarta-feira, 15 de novembro, e foi ouvido pelo tribunal esta sexta-feira à noite, 17, reiterando a sua inocência.
Fernando Valente está agora em prisão preventiva, na cadeia de Aveiro. As autoridades esperam que aceite colaborar e diga onde está o corpo da mulher, que deverá ter matado por não querer assumir a paternidade do filho, que ainda está por confirmar.
Mónica Silva não é vista desde o dia 3 de outubro, quando terá saído de casa, à noite, alegando ir ao café. Consigo levou as ecografias da gravidez e, apesar de, poucas horas depois, ter telefonado ao filho mais velho e dito que estava a regressar a casa, nunca mais foi vista. Nessa mesma noite, o telemóvel da vítima foi desligado.
Filomena Silva, tia de Mónica, disse que, no dia seguinte ao desaparecimento, viu Fernando Valente a queimar esses mesmos papéis, avança o "Correio da Manhã". De acordo com a tese da investigação, Fernando terá assassinado Mónica por esta o querer forçar a contribuir para as despesas de educação do filho que ela esperava. O homem, que recusava admitir a paternidade, não queria comparticipar com nada.