Desde outubro que ninguém tem notícias de Mónica Silva. Esta mulher de 33 anos, que está grávida, desapareceu na Murtosa, no distrito de Aveiro. Agora, depois de ter desmentido a relação, o alegado namorado de Mónica é um dos dois principais suspeitos deste caso, especialmente sabendo que se desconfia de que a mesma poderá estar morta, segundo o "Correio da Manhã".

Esta quarta-feira, 15 de novembro, a Polícia Judiciária (PJ) a cabo buscas em casa e num armazém de Fernando Valente, o alegado companheiro, estabelecendo-se no terreno mais de uma dezena de inspetores. O objetivo é recolher provas que possam indicar o que aconteceu à mulher, que não é vista nem contactada desde o dia 3 de outubro. 

As autoridades devem regressar aos mesmos locais esta quinta-feira, 16, prosseguindo com as buscas, que também decorreram na água – isto porque a casa de Fernando Valente fica a poucos metros de um dos braços da ria de Aveiro.  Além disso, o homem tem várias casas devolutas e vários terrenos agrícolas, bem como uma empresa de automóveis, onde a PJ também já esteve a investigar.

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Fernando Valente acabou por ser detido na noite desta quarta-feira, 15, sendo suspeito de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e pelo crime de aborto agravado. É que, segundo o "Jornal de Notícias", as autoridades apontam como mais provável a hipótese de Mónica ter sido assassinada pelo homem de quem engravidou e cuja identidade não tinha revelado, sabendo-se apenas que o homem não é o progenitor dos seus outros dois filhos.

No dia do desaparecimento, a mulher terá saído de casa, à noite, alegando ir ao café. Consigo levou as ecografias da gravidez e, apesar de, poucas horas depois, ter telefonado ao filho mais velho e dito que estava a regressar a casa, nunca mais foi vista. Filomena Silva, tia de Mónica, disse que, no dia seguinte ao desaparecimento, viu Fernando Valente a queimar esses mesmos papéis, avança o "Correio da Manhã".

Agora, é aguardar pelos resultados dos vestígios recolhidos pela equipa do Laboratório de Polícia Científica, aquando das buscas. Estes serão analisados e deverão ser tornados públicos nos próximos dias, atestando ou desmentindo as suspeitas da família de Mónica, que sempre apontou o dedo ao ex-namorado da mulher e aos seus familiares diretos.