Sara Furtado, a mulher que em novembro de 2019 abandonou o filho recém-nascido num ecoponto junto à discoteca Lux, em Lisboa, vai ser libertada no próximo mês, depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter baixado a pena de nove anos a que foi condenada em outubro de 2020 para um ano e dez meses, avança esta sexta-feira, 13 de agosto, o jornal "Público". 

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Tendo em conta que está presa desde novembro de 2019, o ano e dez mês ficam cumpridos já em setembro e a mulher, que há data do acontecimento tinha 22 anos, será libertada no próximo mês. O Tribunal da Relação de Lisboa tinha-lhe mantido os nove anos de prisão decretados em primeira instância por tentativa de homicídio na forma qualificada, uma vez que o crime foi cometido contra um filho, mas houve agora alterações.

A decisão de reduzir a pena, assinada pelos juízes conselheiros Paulo Ferreira da Cunha e Teresa Féria (presidente da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas), está sustentada no facto de se considerar que Sara Furtado sofria de uma perturbação pós-parto que lhe terá afetado o discernimento quando abandonou o bebé no caixote do lixo, escreve o mesmo jornal.

O caso, que chocou o País, aconteceu na madrugada de 4 para 5 de novembro de 2019 — dia em que a jovem deixou o filho num ecoponto em Santa Apolónia, momentos após o nascimento. Sara Furtado era na altura sem-abrigo e vivia numa tenda, na zona de Santa Apolónia, com o namorado. A gravidez foi sempre escondida e o tamanho da barriga justificado pela jovem por sofrer de problemas intestinais.

O bebé foi encontrado 37 horas depois do parto, embrulhado num saco de plástico e ainda com restos do cordão umbilical por um sem-abrigo que o salvou. O INEM foi depois chamado ao local e a criança transportada de emergência para o hospital pediátrico de Dona Estefânia, em Lisboa, onde permaneceu alguns dias e acabou por sobreviver.

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