Estão abertas as portas do museu virtual criado pelo arquiteto Ricardo Bak Gordon que pretende alertar para a necessidade urgente de proteger as áreas marinhas, toda a biodiversidade que nelas habita, e evitar que, no futuro, as espécies marinhas apenas possam ser vistas em museus. O Museu da Extinção Marinha (MEM) abriu, virtualmente, a 11 de agosto, e o que se espera com o projeto é que este seja um lugar que nunca exista.

Encontrados rinocerontes-de-java bebés — que trazem esperança à espécie em vias de extinção
Encontrados rinocerontes-de-java bebés — que trazem esperança à espécie em vias de extinção
Ver artigo

O MEM apresenta a riqueza natural das áreas marinhas protegidas de Portugal através dos seus mais preciosos recursos: as espécies que as habitam. Ao longo de agosto e setembro, o MEM irá espalhar totens em praias pertencentes a áreas marinhas protegidas do País, que servirão como porta de entrada para o museu virtual. A praia da Figueirinha, Ofir e Zambujeira do Mar são algumas das que vão receber estes pontos de entrada para o museu.

"A degradação dos oceanos e o declínio da biodiversidade é um problema à escala mundial provocado pelo Homem. Temos de resolver este problema com a máxima urgência, se queremos inverter a tendência de autodestruição. Como só conseguimos proteger o que conhecemos, é da maior importância que as pessoas saibam e valorizem o que têm 'no seu quintal'", afirma em comunicado Gonçalo Silva, investigador do ISPA e do Mare e responsável pela liderança do projeto, acrescentando que este foi o motor que fez nascer a ideia deste museu.

"Acima de tudo, a conservação da natureza tem de partir de cada um de nós. É preciso agir agora, e cada um tem de fazer a sua parte. O oceano precisa de todos", alerta Gonçalo Silva.

Para visitar o Museu da Extinção Marinha, basta passar por uma das praias onde estarão presentes os totens ou pode ainda aceder através do QR code que aparece neste site. A visita é guiada e promete não deixar ninguém indiferente.

MEM
MEM créditos: Divulgação