A internet e imprensa internacional explodiram quando a cantora Taylor Swift publicou, no domingo, 30 de junho, um texto na sua conta de tumblr a falar do seu ex-agente, Scott Borchetta, e do atual manager de Justin Bieber, Scooter Braun. Borchetta foi agente da artista de 2006 a 2017, altura em que Swift trocou a Big Machine Records pela Universal Music Group.
Poucas horas depois, a zanga entre Swift e Bieber já estava a dar que falar. Mas afinal o que se passou entre os dois cantores?
Vamos recuar. Taylor publicou um longo texto a explicar que grande parte do seu trabalho antigo iria ser vendido a Scooter Braun, um manager de cantores que alegadamente lhe terá feito bullying quando esta era adolescente.
“Durante anos implorei para conseguir uma oportunidade de ser dona do meu trabalho. Em vez disso, foi-me oferecida a oportunidade de voltar para a Big Machine Records e ganhar um álbum meu de cada vez”, começou por explicar a cantora, que agora é representada pela Republic Records e Universal Music Group. “Não assinei esse contrato porque sabia que, quando o fizesse, o Scott Borchetta [o seu ex-agente] iria vender a empresa, e isso punha em causa o meu futuro. Tomei a decisão excruciante de deixar o meu trabalho para trás”.
“Alguns factos interessantes que descobri hoje: o Scooter Braun acabou de comprar a empresa. E tudo em que eu consegui pensar foi nas vezes em que fui vítima de bullying por parte dele ao longo dos anos”, explicou.
A acompanhar a publicação, Taylor partilhou também uma fotografia de Justin Bieber, onde se pode ver o próprio, Kanye West e Scooter Braun. Acontece que os dois artistas são agenciados por Braun, agora dono do conjunto de músicas antigas de Swift.
Sobre o bullying que recebeu, a cantora fala sem rodeios: “Como quando, por exemplo, Kim Kardashian orquestrou uma gravação ilegal de um telefonema para o divulgar e depois Scooter reuniu-se com os seus dois clientes para juntos me fazerem bullying online”. O episódio com Kanye West também não é esquecido: “ou quando organizou uma música pornográfica vingativa onde aparece o meu corpo nu [tema "Famous", do álbum "The Life of Pablo”].
Agora, explica Taylor, o seu legado é propriedade de Scooter Braun: “Agora, Scooter tem o trabalho que fiz ao longo da vida e não me dá sequer uma hipótese de o comprar de volta. Basicamente, o meu legado musical está nas mãos de uma pessoa que já o tentou desmantelar”. Em questão, estão canções como "22"," I Knew You Were Trouble" ou "Shake It Off".
Mas onde entra Justin Bieber nesta zanga?
Agenciado de Braun, Justin Bieber não se deixou ficar e escreveu um longo texto no Instagram dedicado a Taylor Swift.
Começa por lhe pedir desculpa sobre o post de Instagram que fez com Scotter Braun e Kanye West a gozar com a artista. Sobre esta publicação, confessou ter sido “sem gosto e insensível”.
Só que, depois, abre-se em relação ao manager: “Scooter tem estado lá para ti desde os dias em que me deixaste abrir os teus espetáculos. Com o passar do tempo, não temos cruzado caminhos, nem temos tido oportunidade para falarmos sobre as nossas diferenças, mágoas e frustrações. Por isso, trazeres este assunto para as redes sociais e fazeres com que as pessoas odeiem o Scooter não é justo”.
“Uma coisa, eu sei que eu e o Scooter amamos-te. E acredito que a única maneira de resolver este conflito é através da comunicação. Tenho a certeza de que o Scooter e eu adorávamos falar contigo e resolver algum conflito, mágoa ou sentimento que precise de ser discutido. Nem eu, nem o Scooter temos alguma coisa negativa para dizer sobre ti e ambos queremos o melhor para ti”, continuou.
As reações não se fizeram esperar
Taylor Swift ainda não reagiu, mas a modelo Cara Delevigne comentou o post de Instagram. Afirmou que o cantor, agora casado com a modelo Hailey Baldwin, devia elevar as mulheres e não “deitá-las abaixo” por se sentir “ameaçado”.
Scooter Braun também preferiu manter o silêncio, mas a sua mulher, Yael Braun, já o veio defender publicamente. Num post de Instagram, diz que o marido “é tudo menos um bully” e que “ele não consegue controlar o comportamento de outras pessoas, mesmo daquelas de quem ele é agente”.
O ex-manager da cantora já veio a público explicar que Swift sabia desta venda antes de se tornar pública. Num artigo intitulado “É tempo para dizer algumas verdades”, Scott Borchetta vem explicar que o pai da artista, Scott Swift, era um acionista da empresa discográfica e que já sabia desta transação há uma semana.
Mais há mais. Segundo o mesmo, foi oferecido a Taylor o controlo da sua discografia antes de ela abandonar a empresa em novembro do ano passado, mas a cantora não aceitou.