Parece que é o fim para Kanye West na rede social X. Depois de uma série de comentários antissemitas, misóginos e racistas — onde acusou a cantora Taylor Swift de ter canções sobre como "derrubar um homem preto" neste domingo, 9 de fevereiro, e insinuou que Elon Musk era um nazi depois do polémico gesto na cerimónia de inauguração de Donald Trump —, o atual dono do X confirmou que o público "já não verá" a conta do rapper, escreve o "Daily Mail".
"Tendo em conta o que ele publicou, a sua conta está agora classificada como NSFW ["not safe for work", uma designação normalmente associada a conteúdos chocantes]. Não vão continuar a ver isso", publicou Musk no que aparenta ser uma resposta a uma publicação na página de Kanye, que entretanto já desapareceu.
Veja a reação de Elon Musk, publicada pelo tabloide britânico.
Mas não é certo se foi o rapper que saiu voluntariamente da rede social se foi mesmo banido pelo fundador da Tesla. Na última publicação de Kanye West, o artista de 47 anos agradeceu a Elon Musk por lhe ter "permitido desabafar" e escreveu uma mensagem de despedida. “Estou a sair do Twitter. Foi muito catártico usar o mundo como uma caixa de ressonância (...) Amo todos aqueles que me deram energia e atenção. Até à próxima", escreveu.
No mesmo dia em que fez graves acusações a Taylor Swift, Kanye West sublinhou que estava “num bom espaço” mentalmente e que os comentários polémicos o deixaram com uma sensação de paz depois de desabafar.
No entanto, apesar das publicações de Elon Musk referentes à conta do rapper, Milo Yiannopoulos, dono de uma agência de talentos que representa tanto Kanye West como a mulher deste, Bianca Censori, já tinha referido ao "The Hollywood Reporter", em novembro do ano passado, que o cantor estava a planear uma pausa por tempo indefinido da rede social X. Ao "Daily Mail", o mesmo representante salientava este domingo, 9, que o rapper tinha "desativado a conta e não foi banido".
Nos últimos dias, ainda antes destes últimos comentários polémicos, os nomes de Kanye West e de Bianca Censori estiveram nas bocas do mundo devido ao que aconteceu na passadeira vermelha dos Grammys, a 2 de fevereiro. O rapper e a mulher foram os protagonistas de um momento insólito quando a australiana despiu um longo casaco e posou para os fotógrafos num curto "vestido" completamente transparente, surgindo despida para todos os olhares — e tudo perante um Kanye West com uma postura estranha, que muitos assumem como uma atitude controladora.
Aliás, dias depois, ainda no X, o rapper assumiu justamente isso. "Eu tenho domínio sobre a minha mulher. Isto não é nenhuma merda feminista woke. Ela está com um bilionário, porque haveria de ouvir algum de vocês, um bando de falhados? Dizem que o look do tapete vermelho foi decisão dela. Sim, eu não a obrigo a fazer nada que ela não queira, mas, definitivamente, ela não teria conseguido sem a minha aprovação, seus idiotas manipulados pelo sistema woke. Não tenho respeito nem empatia por ninguém que esteja vivo, porque ninguém vivo consegue competir comigo. Mas eu amo algumas pessoas e concedo-lhes o meu favor", escreveu Kanye.
A manobra publicitária não saiu barata a Kanye West, que perdeu quase 20 milhões de euros ao ver um contrato cancelado para dois concertos no Japão.