Dois dias depois do impressionante salvamento de Érica Vicente, são conhecidos mais detalhes sobre as angustiantes 24 horas, que culminaram com um final feliz. A jovem de 17 anos, recorde-se, foi arrastada pelo vento ao final da tarde de sábado, 15 de abril, tendo sido encontrada por um cargueiro 21 horas depois, a 46 quilómetros da costa portuguesa.
De acordo com o "CM", Érica terá descrito aos pais, à irmã e aos médicos ter visto no mar alto "tubarões e baleias", tendo usado o remo para se sentir segura. Ainda no momento do desaparecimento, que aconteceu numa praia em Monte Gordo, o pai da jovem ainda a tentou salvar, nadando atrás da prancha. "Nunca pôs outra hipótese além da que a filha seria encontrada com vida", disse fonte da Autoridade Marítima ao "CM".
O pai de Érica Vicente continuou, depois, por terra, acompanhado por um psicólogo da Polícia Marítima, à procura da filha, tendo percorrido os areais, de Cacela Velha até Isla Canela, em Espanha.
O milagre de Érica, que foi arrastada pelo vento para 46 quilómetros da costa portuguesa, chama-se também MSC Reef. O porta contentores de 400 metros que se encontrava a sul de Monte Gordo, aguardando autorização para avançar para Marrocos, encontrou a jovem de 17 anos. Érica foi recolhida do mar, deram-lhe roupa seca e foi vista por um enfermeiro da tripulação antes de ser recolhida por um helicóptero da Força Aérea Portuguesa e levada para o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, em Faro, onde ainda se encontra internada.
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A diretora do serviço de pediatria, Elsa Rocha, descreveu a jovem como "uma autêntica guerreira", revelando que, além da desidratação e hipotermia, tinha queimaduras de primeiro grau, provocadas pela exposição prolongada ao sol. Érica Vicente poderá ter alta esta terça-feira, 18 de abril.