O pedido de extradição sobre o ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, já foi traduzido e encontra-se nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), avança a CNN Portugal. A PGR tinha até 20 de janeiro para entregar o documento, prazo que foi prorrogado para o máximo de 40 dias por faltarem tradutores para enviar o pedido formalizado e traduzido para inglês, língua oficial da África do Sul, para o tribunal onde o ex-banqueiro está a ser julgado.
O documento diz respeito à sentença que já transitou em julgado e a outros dois processos relacionados com o colapso do BPP que ainda estão em fase de recurso. No pedido de extradição constará ainda um processo de falsificação das obras de arte arrestadas e de negócios imobiliários, segundo o "Correio da Manhã", que levou a um quarto mandado de detenção de João Rendeiro.
A Procuradoria-Geral da República tem agora 11 dias para enviar o documento para as autoridades sul-africanas a fim de evitar a libertação de João Rendeiro.
O ex-banqueiro foi presente a juiz esta segunda-feira, 10 de janeiro, mas voltou para prisão preventiva, uma vez que o tribunal de Verulam, Durban, na África do Sul, ainda não tinha acesso ao processo de extradição traduzido, que deveria ter sido discutido naquela audiência.
João Rendeiro volta ao banco dos réus na próxima segunda-feira, 21, dia em que o documento já estará nas mãos das autoridades sul-africanas, segundo o representante da National Prosecuting Authority (NPA, ministério público sul-africano), a quem as autoridades portuguesas informaram que os documentos chegarão "no decorrer desta semana", de acordo com o "Jornal i".
No dia da próxima audiência, fará mais de um mês desde que o ex-presidente do Banco Privado Português está detido no estabelecimento prisional de Westville, província de KwaZulu-Natal — conhecido como uma das prisões mais perigosas do país.