Apesar de o anúncio oficial só acontecer na próxima quinta-feira, 10 de setembro, Ana Gomes já fez saber que vai ser candidata a Presidente da República. A socialista avançou a notícia em exclusivo ao "Público", e as reações não se fizeram tardar: André Ventura referiu-se a Ana Gomes como a "candidata cigana" e afirmou mesmo que se demite caso a diplomata tenha um melhor resultado que o seu nas eleições de janeiro de 2021.
“Numa certa metáfora, Ana Gomes é a candidata cigana destas Presidenciais. Eu sou o português comum”, disse o presidente do Chega, em declarações à agência Lusa, citado pelo "Observador". Para André Ventura, a candidata “não chegará à segunda volta” das eleições, e acredita que esta será disputada entre si e Marcelo Rebelo de Sousa, apesar de ainda não existir um anúncio oficial de recandidatura do atual Presidente. "Será a segunda volta mais espectacular da nossa história democrática."
Antes destas declarações, André Ventura recorreu ao Twitter para se pronunciar sobre a candidatura da socialista. "A Ana Gomes vai ser a pior candidata presidencial de sempre: histérica, obcecada com os seus inimigos de estimação, amiga das minorias que vivem do nosso trabalho", escreveu o líder do Chega.
Recentemente reeleito no partido, o dirigente disse ainda que apresenta a sua demissão caso Ana Gomes termine à sua frente nas Presidenciais, embora não acredite nesse cenário. "Se por acaso ficasse à minha frente, demitia-me de líder do Chega. Não vai acontecer."
Apesar de ainda não estar oficializada, a candidatura de Ana Gomes já recebeu o apoio do antigo líder parlamentar e ex-eurodeputado Francisco Assis e do líder da tendência minoritária na Comissão Política socialista, Daniel Adrião. A par de Ana Gomes e André Ventura, Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, Bruno Fialho, do Partido Democrático Republicano, e Tiago Mayan Gonçalves, da Iniciativa Liberal, já revelaram as intenções de candidatura às Presidenciais de 2021.