Os casos de COVID-19 em Portugal continuam a aumentar e Marcelo Rebelo de Sousa defendeu esta terça-feira, 16 de novembro, que deve ser reposto o uso obrigatório de máscara na rua.

Questionado sobre as medidas a adotar face ao crescimento do número de casos e de mortes por COVID-19 em Portugal, o Presidente da República disse, em declarações aos jornalistas, que se deve "esperar pela reunião do Infarmed" com especialistas, que está prevista para esta sexta-feira, 19 de novembro, avança o jornal "Público". 

Teletrabalho pode voltar a ser obrigatório. Decisão irá depender da evolução da pandemia
Teletrabalho pode voltar a ser obrigatório. Decisão irá depender da evolução da pandemia
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Quanto à hipótese de s voltar a usar máscara na rua, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que, na sua opinião, isso é "claro" e "evidente". Aos jornalistas, realçou ainda que, atualmente, o número de casos COVID-19 — "1500, 1600, 1700" —, e o número de mortes — "inferior a 20" —, estão abaixo do que se verificava há um ano, quando se registavam "80 e tal mortes" e "cinco mil a seis mil" casos por dia.

"Portanto, vamos ponderar calmamente, serenamente. Temos uma vacinação que não tínhamos. E depois se atuará em conformidade", afirmou, citado pelo "Público".

Também o primeiro-ministro, António Costa, já tinha defendido que quanto mais tarde se atuar, "maiores serão os riscos", acrescentando que o País não pode ignorar o agravamento da pandemia.

Especialistas defendem aumento da testagem e teletrabalho parcial

O aumento dos casos e o aproximar do Natal está a deixar os especialistas preocupados, que defendem o regresso de algumas medidas ligeiras para travar o vírus. Para o bastonário da Ordem dos Médicos, este é o momento de "mudar o à-vontadinha" e acelerar o processo de vacinação da terceira dose contra a COVID-19, que "está atrasado". Miguel Guimarães defende ainda o uso de máscara nos espaços fechados, o aumento da testagem e um regime de teletrabalho parcial, lê-se na notícia avançada pelo "Jornal de Notícias". 

A possibilidade do regresso ao teletrabalho, recorde-se, tinha também já sido mencionada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que referiu que a decisão irá depender da evolução da pandemia e do aumento do número de casos.

"Como sempre, vamos avaliando e implementando a cada momento as medidas que sejam necessárias. Essa tem sido, aliás, a atuação permanente que temos feito. Sempre em diálogo permanente e com as indicações que temos por parte da Saúde, em função dos níveis de risco", disse Ana Mendes Godinho durante a Conferência Internacional sobre Colaboração e Governação Integrada, realizada esta segunda-feira, 15 de novembro, na Gulbenkian, em Lisboa, cita o "Jornal de Notícias"