Depois de uma adolescência de rebeldia, o príncipe Harry, de 33 anos, não consegue deixar as polémicas para trás. Nem quando parece ter assentado e estar prestes a casar-se. O dia em que vai acontecer o enlace, os convidados e a noiva são assuntos que estão a dar que falar: Meghan Markle, 36, e a sua má relação com a família já venderam muitas capas de jornal, especialmente nas últimas semanas.

Mas não fica por aí. A MAGG conta-lhe as principais controvérsias em que o futuro casal real britânico se viu envolvido desde que confirmou o noivado a 27 de novembro do ano passado.

A data quebra a tradição

O príncipe Harry e Meghan Markle vão casar-se a 19 de maio, que é um sábado. Até pode ser um dia muito escolhido para casar, mas não se se for membro da família real. A tradição é casar a um dia de semana e, embora não haja uma regra oficial, todos os casamentos reais da história recente seguiram este protocolo.

Foi o caso do casamento entre o Príncipe William e Kate Middleton, que aconteceu a 29 de abril de 2011 — sexta-feira. Antes disso, a princesa Diana e o príncipe Charles celebraram os votos a uma quarta-feira (29 de julho de 1981). Até a rainha Isabel II e o príncipe Filipe disseram o "sim" numa quinta-feira, 20 de novembro de 1947.

A cerimónia do príncipe Harry e Meghan Markle vai acontecer na capela de St. George, nos terrenos do Castelo Windsor, em Londres e, por isso, o grande momento de aceno na varanda não vai acontecer. "A única coisa má da capela de St. George é que não tem varanda", explicou a perita em realeza Katie Nicholl ao "Entertainment Tonight". "Então não vamos ver aquela grande ovação na varanda que temos com um casamento real no centro de Londres e, claro, no Palácio de Buckingham".

Poucos convidados — eles querem uma cerimónia íntima

Ao contrário do casamento entre o duque e a duquesa de Cambridge, em que políticos e realeza de todo o mundo estiveram presentes, a celebração de Harry e Meghan será mais íntima. James Brookes, diretor de radiodifusão e comunicações da Royal Central, comentou a lista de convidados, dizendo que “a realeza estrangeira não vai ao casamento a menos que tenha um relacionamento pessoal com o casal". E esta é a razão pela qual muitos dos mais importantes políticos, como a primeira-ministra, Theresa May, não foram convidados.

O momento de aceno na varanda no dia de casamento de William e Kate não se vai repetir com Harry e Meghan

"Este evento está classificado como familiar e eles querem torná-lo o mais íntimo possível", explica. Afirma ainda que o mais provável é que a lista de convidados seja, maioritariamente, preenchida com socialites. O porta-voz do príncipe Harry também comentou a lista de convidados ao referir que "foi decidido que uma lista oficial de líderes políticos, tanto britânicos quanto internacionais, não era necessária para o casamento".

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A Capela de St.George tem capacidade para 800 pessoas mas apenas cerca de 600 foram convidadas a participar na cerimónia, com mais de 2.640 pessoas do público convidados a assistir nos jardins do Castelo de Windsor. Este é um número bastante inferior ao do casamento de William e Kate Middleton, na Abadia de Westminster, que reuniu cerca de 1.900 convidados.

As cartas do irmão de Meghan Markle

Segunda carta enviada pelo meio-irmão de Meghan Markle, na qual pede um convite para o casamento

O meio-irmão de Meghan Markle, do lado do pai, Thomas Markle Jr., escreveu uma carta ao príncipe Harry a pedir para que este não casasse com a atriz. Na carta manuscrita, publicada pela revista norte-americana "In Touch Weekly", o irmão de Meghan chama ao casamento "o maior erro na história dos casamentos reais". Culpa a atriz de abandonar o pai, Thomas Markle, e acusa-a de ser uma mulher "cansada, superficial e vaidosa".

"Querido Príncipe Harry, ainda não é tarde. A Meghan Markle obviamente não é a mulher certa para si", começa. Acusa ainda a meia-irmã de "usar o seu próprio pai até que ele estivesse falido" e depois esquecer-se dele "no México, deixando-o sem dinheiro e com todas as suas dívidas". E acrescentou: "Quando é hora de pagar de volta, ela esquece-se do próprio pai como se nunca o tivesse conhecido".

Mais: "Se não fosse pelo pai, ela estaria a servir às mesas e a fazer babysitting para pagar as suas dívidas". Continuou a ofender a meia-irmã, ao dizer que a fama lhe tinha subido à cabeça.

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No entanto, numa segunda carta, desta vez dirigida a Meghan e não ao príncipe, Thomas Markle Jr. pediu um convite para o casamento real a poucos dias da cerimónia. A carta foi partilhada pela revista "In Touch" a 11 de maio. Nela pode ler-se: “É verdade que nos tornámos 'distantes' juntamente com o resto da família ao longo dos anos. Mas ainda somos todos da mesma família. Com todas as lembranças de te ver crescer, é doloroso que te esqueças de nós”.

Lembrando todos os momentos bons passados com a meia-irmã, como as suas peças de teatro na escola, os passeios pelo parque com o pai e as visitas à avó, Thomas Markle Jr. reconhece que "não é perfeito" e pede desculpa pela sua carta e comportamento anteriores, admitindo que magoa perceber que, tanto ele como o resto da família não foram convidados. Acrescentou ainda que "não é tarde demais" para Meghan mandar um convite para a família, pois eles deveriam "estar todos lá para mostrar o seu amor e apoio" no seu dia especial.

Fotos em biquíni

Escusado será dizer que o Palácio de Buckingham está empenhado em evitar qualquer tipo de escândalo quando o assunto é o casamento do príncipe Harry. Assim, a notícia de que existem fotografias de Meghan Markle, em topless, a circular pela internet, não foi recebida com enorme entusiasmo pela família real.

As supostas fotografias que mostram Meghan a desfilar sem a parte de cima do biquíni foram tiradas em 2016 numas férias com amigas, e foram publicadas num site online no início de maio. Um dos representantes do palácio veio a público dizer que as imagens eram falsas.

Mesmo que fossem verdadeiras, Meghan Markle não seria a primeira mulher da realeza a ter fotografias intímas nos media: esse título pertence a Sarah Ferguson (também conhecida como OG Fergie), ex-mulher do príncipe Andrew, que foi fotografada nua enquanto se bronzeava em 1992.

O paparazzi pago pelo pai

A polémica mais recente envolve outro dos familiares de Meghan: o pai, Thomas Markle, 73 anos. Faltando apenas uma semana para o casamento real, é acusado de colaborar secretamente com um paparazzi britânico, ao encenar uma série de fotografias falsas. As imagens, que mostram Thomas Markle num café a ver fotografias online da sua filha e do futuro marido, o príncipe Harry, renderam supostamente mais de 150 mil euros.

Thomas Markle lê um livro sobre a Grã-Bretanha enquanto o paparazzi lhe tira fotografias

Mais: outras imagens mostravam Thomas Markle a folhear um livro intitulado "Imagens da Grã-Bretanha" e a correr enquanto levantava pesos, durante uma aparente sessão de treino ao ar livre. Além disto foi também fotografado a tirar as medidas para o seu fato de casamento. De acordo com a imprensa britânica estas imagens foram encenadas por Thomas Markle e pelo fotógrafo Jeff Rayner, perto de sua casa, em Rosarito, no México. Testemunhas que trabalhavam nos sítios onde as fotografias foram tiradas contam ter visto os dois homens a encenar as imagens.

O pai de Meghan Markle fotografado enquanto tira medidas para o fato de casamento da filha

Samantha, filha mais velha de Thomas e meia-irmã de Meghan Markle, que está escrever um livro sobre a noiva, admitiu ser a culpada de tudo o que se passou, ao dar a ideia ao pai. "Foi uma sugestão minha para beneficiá-lo e beneficiar a família real, para que representasse o meu pai como ele é: em forma e a fazer coisas saudáveis ​", começou por explicar. "Eu sinto que os media o têm perseguido injustamente. Ele tem sido realmente admirável e eu só queria que ele fosse visto assim".

Pai de Meghan encena fotografia em que pratica exercício físico

Horas depois da entrevista de Samantha, Thomas Markle disse ao site TMZ que as fotografias pareciam "estúpidas e prejudiciais". Argumentou que apenas tinha feito o que o paparazzi lhe tinha dito, e que agora estava arrependido. O pai de Meghan acrescentou ainda que tinha sofrido um ataque cardíaco recentemente, mas que saiu do hospital para comparecer ao casamento. No entanto, acabou por decidir que já não ia, depois do escândalo com as fotografias, para não envergonhar Meghan, ou a família real, no dia do casamento.

O Palácio de Kensington, que tinha divulgado uma declaração algumas semanas antes a pedir o respeito pela privacidade de Thomas Markle, depois de este ter afirmado estar a ser assediado pelos paparazzi, não fez comentários sobre as supostas encenações ou o não comparecimento do pai da noiva no casamento. Afirmou apenas que esta era uma altura difícil para os noivos e que, tanto Harry como Meghan, pediam a compreensão de todos.

Sem família no casamento

Príncipe Harry, Meghan Markle e a mãe, Doria Ragland.

Depois de o pai de Meghan ter anunciado a sua ausência no grande dia, os planos para o casamento sofreram alterações: Thomas era responsável por levar a filha ao altar em frente aos 600 convidados. A dúvida que se levanta é se será a mãe de Meghan a acompanhá-la: uma história sem precedentes num casamento real, já que a tradição manda que seja o pai.

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No entanto, Thomas Markle não vai ser a única ausência: tanto o meio-irmão como a meia-irmã de Meghan, Thomas Markle Jr. e Samantha, manifestaram-se publicamente contra o casamento, depois de não receberem convites para o grande dia. A quatro dias da cerimónia, parece que a mãe de Meghan, Doria Ragland, 61 anos, com quem mantém uma relação muito próxima, será a sua única parente presente.

Ainda assim, Tracy Dooley, ex-mulher de Thomas Markle Jr. e cunhada de Meghan, foi fotografada a chegar ao aeroporto de Heathrow, em Londres, com os dois filhos, Tyler e Thomas, na noite de segunda-feira, uma semana antes do casamento. Tracy Dooley, que já havia admitido no programa de televisão "Good Morning Britain" não ter convite, disse estar muito orgulhosa e feliz por Meghan. Embora estando em Londres, ainda não é claro se vão fazer parte da cerimónia ou não.

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