Um professor de Matemática de 47 anos do Montijo está a ser acusado de violação agravada sujeito a termo de identidade e residência depois de uma aluna o ter denunciado por abusos sexuais, tendo aterrorizado a jovem durante os 10 meses anteriores ao crime, segundo o jornal “Correio da Manhã”. Os abusos, que aconteceram em Alcochete, Setúbal, foram feitos numa sala de aula.

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A aluna e o professor conheceram-se em setembro de 2021, altura em que a jovem entrou para o secundário, e a rapariga estava agora a ter explicações de matemática para os exames nacionais. Desde que se conheceram, o homem de 47 anos abordava a jovem com comentários mais íntimos, não só “no decurso das explicações” como à frente “de outros alunos”, como se lê na acusação do Ministério Público citada pelo CM, apelidando-a de “linda”, “querida” e “princesa”.

Além disso, o professor chegava mesmo a dar-lhe beijos na testa e a acariciar o seu rosto, e sempre que a jovem vestia uma saia ele “metia a mão por baixo da mesa e tocava-lhe na zona vaginal”. O caso piorou quando a jovem fez 18 anos, tendo o docente esperado por esta altura para a atacar de forma mais agressiva. “Não te esqueças que na próxima aula já és maior de idade”, lê-se na acusação. Na aula seguinte, o professor terminou as explicações, encurralou a jovem dentro da sala de aula, trancou a porta e violou-a.

A jovem ainda se tentou libertar, mas os esforços foram em vão. Na acusação, o Ministério Público revelou ainda que o professor disse à jovem que ela aguentava a pressão, e perguntou se o fariam novamente. "Tu aguentas. É rápido. Vai mais uma volta?", disse. Na altura, a jovem queixou-se de dores, mas o professor desvalorizou, gozando até com a vítima à frente dos seus colegas, dizendo saber que ela não era virgem.

No dia seguinte, a rapariga voltou às explicações, mas, segundo o CM, os pais perceberam que a jovem de 18 anos não estava bem. Algum tempo mais tarde, a rapariga finalmente confessou aos pais o que tinha acontecido, e o professor foi acusado de violação agravada, continuando até agora em liberdade mas sujeito a termos de identidade e residência, e a jovem está a receber acompanhamento psicológico. Quem está a levar a cabo a investigação é a Polícia Judiciária, que acredita existirem mais vítimas deste homem, explicando que o “modus operandi” do professor passa por esperar que as vítimas façam 18 anos para as violar.