Marta Temido esteve esta terça-feira, 2 de março, em direto no "Jornal da Noite" da SIC. A Ministra da Saúde fez um balanço sobre como tem corrido o combate à pandemia da COVID-19 em Portugal e falou ainda de alguns aspetos para o futuro, nomeadamente sobre o plano de desconfinamento que está a ser elaborado e deverá ser anunciado ao País no dia 11 de março.
Questionada por Clara de Sousa sobre a possibilidade de avançar com a vacinação prioritária de professores e funcionários, Marta Temido afirma que "é uma hipótese está a ser analisada não só em Portugal como noutros países".
"Quando olhamos e vemos aquilo que são os processos de desconfinamento, vemos a presença intensa de duas realidades, as medidas de proteção que já tínhamos falado antes, como as máscaras, e, sobretudo, as novas medidas, a vacinação e a testagem. E quando falamos de serviços essenciais, e a escolas estão nessa abordagem, poderá fazer sentido que os adultos que trabalham nesses locais tenham uma vacinação diferenciada", afirmou Marta Temido.
Ainda quanto à reabertura das escolas a ministra referiu: "Da mesma forma que as escolas foram o espaço que mais procurámos proteger pela sua essencialidade em termos de educação e efeito no futuro da população, serão também as escolas a nossa principal preocupação no primeiro momento em que possamos fazer uma reabertura." Questionada sobre a possibilidade de as aulas presenciais começarem para alunos até ao segundo ciclo, a ministra da Saúde respondeu que "é preciso termos calma quando olhamos para o futuro".
Durante a entrevista, a ministra da Saúde foi ainda questionada sobre a falta de planeamento para conter a pandemia tendo afirmado que o plano foi realizado, contudo admite que "estamos perante uma doença nova que todos os dias nos tem surpreendido e tem evoluído". A ministra da Saúde afirmou que "há coisas que ninguém pode planear".
Marta Temido voltou a realçar a importância da testagem e da vacinação como forma de combate à pandemia da COVID-19 e reforçou que até ao final do verão 70% da população portuguesa poderá já estar vacinada.