Depois de meses envolvido em polémicas sobre as ligações que mantinha com Jeffrey Epstein, acusado de agressão e tráfico sexual, o príncipe André resolveu dar uma entrevista onde se defendeu das acusações.

Na conversa com Emily Maitlis, o duque de York diz ter ficado em casa do empresário porque era uma lugar conveniente para ficar e nega ter tido relações sexuais com uma vítima de Epstein, à data com 17 anos. O filho da rainha Isabel II explicou que nessa data, em que se dizia que tinha ocorrido a relação, estaria a comer pizza com uma das filhas. Ainda assim, existem fotografias do príncipe abraçado à vítima e outras que dão conta da vida de festa que fazia nos anos 2000.

A entrevista à BBC 2 está ser apelidada de "um dos piores movimentos de relações públicas na história recente", segundo a "Vanity Fair", que cita fontes próximas do palácio de Buckigham. Nos últimos dias, surgiram também notícias de que um dos conselheiros de relações públicas do duque de York se demitiu duas semanas antes da entrevista, por considerar imprudente a conversa.

Fotografias mostram príncipe André agarrado a várias mulheres em festas
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Apesar disto, a rainha mantém-se do lado do filho. Fontes citadas pelo "Express" explicam que a rainha Isabel II deu a sua aprovação para a realização da entrevista e que, depois de transmitida, se manteve do lado de André. A monarca prestou o seu apoio depois de o duque de York ter "deixado bem claro o seu arrependimento" pelas ligações ao empresário.

Segundo a mesma publicação, depois da entrevista, os patrocinadores de algumas instituições de caridade apoiadas pelo príncipe André começaram a rever os seus contratos. A KPMG, por exemplo, terá já informado o palácio de Buckingham que não irá renovar o contrato de patrocínio com uma das obras de caridade do duque, devido à polémica em que este se encontra envolvido.