As freguesias do Lumiar e de Santa Clara foram as primeiras a receber este contentor em Lisboa. A tampa é castanha para identificar aquilo que se deve colocar aqui: cascas de batata, os talos da beterraba ou restos de carne ou peixe.
Estes são apenas alguns dos exemplos de restos de alimentos crus e cozinhados, a que se podem juntar também as folhas de jardim, e que devem ser colocados neste novo contentor para ganhar uma nova vida.
Esta sexta-feira, 13 de dezembro, os contentores chegaram às duas freguesias de Lisboa, ou seja, a 7 mil famílias que vão começar a dar um passo maior na sustentabilidade — que se junta à separação do plástico, do papel e do vidro que já conhecemos.
"O objetivo é alargar o novo serviço a todas as casas de Lisboa até 2023, evitando o envio dos restos de comida para incineração ou aterro", diz o vídeo publicado no Facebook da Câmara Municipal de Lisboa para apresentar a iniciativa.
A União Europeia estabeleceu mesmo que a partir de janeiro de 2024 todos os Estados-membros têm de ter este contentor junto dos restantes depósitos seletivos de recolha do lixo.
Além dos resíduos de que já falámos, também podem entrar nestes contentores os restos de legumes e de fruta ou as cascas de ovo, que fazem parte de 40% dos bioresíduos recolhidos no lixo indiferenciado, que acabam em aterros juntamente com tudo aquilo que não pode ser reciclado (ou que pode, mas que em alguns casos não acontece).
Ao separar os restos de alimentos significa que esta percentagem vai diminuir, aumento a taxa de reciclagem de lixo orgânico para 60% até 2023, de acordo com as estimativas da Câmara Municipal de Lisboa.
E como é que tudo vai funcionar?
- Cada morador vai receber um pequeno caixote castanho onde pode colocar os restos de comida que acumule enquanto estiver a cozinhar.
- Daqui, segue para um contentor maior à disposição da comunidade, cuja recolha é feita duas vezes por semana.
- Depois da recolha, os resíduos são enviados para produção de composto agrícola.