Ricardo Salgado, 80 anos, foi condenado a oito anos de prisão efetiva no âmbito do designado caso Marquês, e a outros seis anos de prisão no processo EDP, mas parece que isso não impediu o ex-banqueiro e antigo presidente do Banco Espírito Santo (até 2014) de fazer férias de luxo.
Isto porque o português encontra-se num castelo em Aubonne, Suíça, que pertence ao genro Philippe Amon, marido da filha, Catarina, e um dos homens mais ricos da Europa, refere o "Correio da Manhã". De acordo com a mesma publicação, nada fica ao acaso nesta residência de luxo, com uma vasta equipa de dezenas de empregados, como vários cozinheiros, jardineiros, mordomos ou seguranças ao dispor de quem lá habita.
Ricardo Salgado deverá permanecer um mês neste castelo suíço, que possui campo de ténis, piscina, várias habitações e até um heliporto. O ex-banqueiro garantiu à justiça que vai regressar a Portugal, mas não está certo que vá efetivamente para a prisão. Isto porque a defesa de Salgado já alegou que com a doença de Alzheimer (já diagnosticada ao português), poderá, tal como aconteceu com o ex-secretário de Estado José Penedos, cumprir a pena em casa.
Guerras com os vizinhos e sigilo absoluto
A discrição é a palavra de ordem para quem está no castelo, com câmaras de videovigilância instaladas em vários locais da propriedade e árvores enormes que impedem a visão. O espaço conta com cinco portões de entrada e saída e até os trabalhadores são altamente controlados e estão impedidos de dizer o que ali acontece.
“Eles têm um contrato de sigilo. O que ali se passa, não se fala fora da mansão”, revelou ao CM um emigrante português. Os empregados têm um portão diferente para entrar, alguns estacionam no exterior e usam essa via alternativa para aceder à mansão, refere a mesma publicação.
Apesar de os vizinhos não conhecerem sequer Philippe Amon, o genro de Ricardo Salgado, parece que há uma guerra aberta entre todos, Tudo porque Amon quererá comprar uma rua que dá acesso à mansão para tornar o local ainda mais privado, mas a população tenta impedir que isso aconteça.
“Nós nunca o vimos e, de repente, ele quer comprar uma coisa que é nossa por direito. Isso entristece-nos, revolta-nos. No mínimo, tinha de falar connosco e explicar, mas nunca o fez”, revelou uma vizinha de nacionalidade inglesa ao "Correio da Manhã".