Os três arguidos suspeitos da morte de Jéssica, 3 anos, na segunda-feira, 20 de junho, vão ficar em prisão preventiva. A medida de coação foi conhecida este sábado, 25 de junho, após a mulher de 52 anos, o marido de 58 anos e a filha, de 27, indiciados como os responsáveis pela morte da menor, terem sido ouvidos pelos juízes do Tribunal de Setúbal.

Após os interrogatórios desta sexta-feira e sábado, o tribunal decidiu que os suspeitos devem aguardar em prisão preventiva até ao julgamento, conforme foi pedido pelo Ministério Público, segundo a CNN Portugal/TVI.

Ana Cristina Justo, a suposta ama da criança segundo a versão inicial contada pela mãe, assim como o marido e a filha foram detidos pela Polícia Judiciária na quinta-feira, 23, e desde então têm sido divulgados vários dados sobre o caso.

Pai de Jéssica denuncia maus tratos anteriores. Criança estava sinalizada na CPCJ, mas processo foi arquivado
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Jéssica terá sido raptada devido a uma dívida que a mãe tinha para com Ana Cristina Justo, também conhecida como "Tita", e segundo o pai da criança esta já sofria de maus tratos antes do episódio que levaria à morte de Jéssica.

A menor estava referenciada pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), e apesar de ter sido aberto um processo em 2020, este acabou por ser encerrado há cerca de um mês.

Jéssica morreu na segunda-feira no hospital de Setúbal, no qual deu entrada com ferimentos na cara e hematomas no corpo. As equipas médicas já não conseguiram salvar a criança de 3 anos, cuja autópsia revelada na quarta-feira confirmou os maus tratos.