O debate instrutório do processo do acidente que causou a morte de Sara Carreira iniciou-se esta quinta-feira, 16 de março, no Tribunal de Santarém. Tony Carreira mostrou-se indignado com o Ministério Público à saída do tribunal e afirma não ter "espírito de vingança".
“Vou tentar, num só resumo, dizer o que senti ali, porque quero aguardar para ver. O foco na minha opinião é inteiramente em cima do Ministério Público, que teve ali um resumo simplesmente miserável”, começou por dizer Tony Carreira ao “Jornal da Uma”, da TVI.
O cantor deu ainda a entender que não quer “culpar” ninguém, respondendo às notícias que afirmam que espera que os arguidos do processo, entre eles o cantor Ivo Lucas, sejam condenados, avança o “Notícias ao Minuto”. “Em relação ao resto, estou aqui simplesmente para ouvir, não venho aqui para condenar ninguém. Estou aqui porque devo essa verdade à memória da minha filha. Não venho com espírito de vingança. Dois anos e meio passaram, estou aqui para ouvir e para tentar perceber, não venho para culpar absolutamente ninguém, porque isso não sou eu que o farei se for o caso, quem o fará será a Justiça. Agora, realmente, o Ministério Público, foi lamentável e miserável”, acrescentou o cantor de 59 anos, desagradado.
O Ministério Público afirmou que Ivo Lucas, que conduzia o carro em que a cantora seguia, "não tem nenhuma hipótese de ser excluído deste acidente como principal culpado" e que "a fadista tem quota parte de responsabilidade", avança o "Correio da Manhã". Ivo Lucas e Cristina Branco estão acusados de homicídio negligente, mas Fernanda Antunes e Tony Carreira insistem que Paulo Neves, um homem que também participou no acidente e circulava com uma taxa de álcool no sangue de 1,18 gramas por litro, também deve ser indicado por homicídio negligente. A leitura da decisão ficou agendada para dia 27 de março, às 14 horas.
Recorde-se que Sara Carreira morreu aos 21 anos, vítima de acidente de viação na A1, em dezembro de 2020.