Esta sexta-feira, 1 de abril, será marcada por uma nova ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia, por videoconferência, assim como uma cimeira, feita do mesmo modo, entre a União Europeia e a China. Desta última espera-se convencer a China a não prestar apoio à Rússia e resoluções para pôr fim ao conflito.
Os ataques continuam tanto no lado da Ucrânia, como no lado da Rússia, que esta madrugada sofreu um contra-ataque das tropas ucranianas sobre um depósito de combustível — tal como o país inimigo fez esta quinta-feira, 31 de março. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está atento ao inimigo, no qual está focado e sem tempo para lidar com "traidores" dentro da Ucrânia. Por isso mesmo, demitiu dois generais que foram desleais para com o país.
No que diz respeito ao abastamento do mundo com trigo e outros bens da Rússia, só os "amigos" que não aplicaram sanções ao país é que vão receber produtos agrícolas, alertou o ex-presidente russo Dmitry Medvedev.
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Ucranianos contra-atacam ao atingir depósito de combustível
As forças ucranianas atingiram na madrugada desta sexta-feira, 1 de abril, um depósito de combustível na cidade russa de Belgorod, com recurso a helicópteros. A informação foi avançada com um vídeo pelo meio de comunicação bielorrusso NEXTA, no Twitter.
"Os serviços de emergência acorreram ao local do incêndio, medidas estão a ser tomadas para eliminá-lo", disse Gladkov, governador da região, no Telegram.
Horas mais tarde, uma outra publicação deu conta de uma gráfica em frente ao posto de combustível que também foi afetada.
O ataque à Rússia acontece depois de este país ter feito o mesmo na região ucraniana de Kharkiv na madrugada desta quinta-feira, 31 de março.
União Europeia e a China reúnem-se esta sexta-feira
Está marcada para esta sexta-feira uma cimeira entre a União Europeia (UE) e a China, na qual, por videoconferência, os 27 países da UE vão pressionar o país a a não dar ajuda à Rússia no combate e fazê-la perceber que isso só prejudicaria as relações entre a China e o Ocidente.
Da parte da UE, estarão presentes a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e da China o presidente, Xi Jinping, assim como o primeiro-ministro, Li Keqiang.
Segundo a UE, "a China tem responsabilidades importantes enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”. O objetivo dos 27 é ainda trabalhar em conjunto para pôr fim ao conflito, segundo fonte de Bruxelas, citada na CNN Portugal.
Volodymyr Zelensky despede generais e chama-os de "traidores"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou esta quinta-feira à noite, 31 de março, que foram demitidos dois generais por violar o juramento militar de lealdade que consta no artigo 48.º do Estatuto Disciplinar das Forças Armadas da Ucrânia, avança a CNN Portugal. Nas palavras de Zelensky, agora não tem "tempo para lidar com todos os traidores".
"Agora não tenho tempo para lidar com todos os traidores. Mas pouco a pouco serão todos punidos", garantiu Zelensky na mensagem noturna transmitida nas redes sociais.
Mariupol sem descanso
Estavam previstos novos corredores humanitários esta sexta-feira para a fustigada cidade de Mariupol e, da parte da Rússia, foi prometido o cessar-fogo. No entanto, segundo um porta-voz da autarquia, Petro Andryushchenko, "é muito perigoso" abandonar a cidade.
"A cidade continua fechada a entradas e é muito perigoso sair em carro particular. Além disso, desde ontem que os ocupantes, categoricamente, não permitem qualquer ajuda humanitária à cidade, mesmo em pequenas quantidades", descreveu. Em Mariupol encontram-se mais de 100 pessoas sem acesso a bens como água ou comida.
O pronto de situação desde o início da guerra
Ao 37.º dia de guerra é feito um levantamento de vários números que têm marcado o conflito. Um deles diz respeito à quantidade de crianças que morreram desde o início da invasão: 153 crianças mortas e outras 245 ficaram feridas, segundo a procuradoria Geral da Ucrânia citada pela agência Ukronform de Kiev, segundo o "Observador".
Sabe-se ainda que desde 24 de fevereiro, dia do primeiro ataque da Rússia, o país invasor já disparou 1.370 mísseis e foram destruídos 15 aeroportos ucranianos. Os números são do ministério da Defesa da Ucrânia, divulgados no Twitter esta sexta-feira.
O trigo da Rússia só vai chegar a países "amigos"
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev alertou esta sexta-feira para o facto de que a Rússia, um dos países que mais exporta bens agrícolas para todo o mundo, só irá enviar estes bens para países "amigos" que não aplicaram sanções.
"Vamos fornecer alimentos e produtos agrícolas apenas aos nossos amigos. Felizmente temos muitos, e eles não estão na Europa nem na América do Norte", disse o aliado de Vladimir Putin. Dmitry Medvedev destacou ainda que a prioridade será abastecer e regular os preços do mercado interno.