Podes tirar a rapariga da vigarice mas não tiras a vigarice da rapariga. Anna Sorokin (também conhecida como Anna Delvey), a jovem que, fazendo-se passar por uma aristocrata alemã, herdeira de uma fortuna incalculável, conseguiu extorquir centenas de milhares de dólares a figuras da alta sociedade nova-iorquina, está de volta ao ativo. Mais ou menos, vá.
A revista norte-americana "Bon Appétit" revela, numa entrevista exclusiva com a própria Anna Delvey, quais os planos para o futuro da mulher que inspirou a série da Netflix "Inventing Anna". Em liberdade desde outubro de outubro, Anna Sorokin, 31 anos, está em prisão domiciliária e com pulseira eletrónica.
Vive num pequeno apartamento na East Village que, apesar da dimensão custa 4.160€ por mês, de acordo com "Eater". E foi este site, especializado em gastronomia, que avançou em primeira mão, através de um e-mail que terá sido, alegadamente, divulgado acidentalmente na internet, o grande plano de Sorokin: jantares mensais com celebridades, com catering dos melhores restaurantes de Nova Iorque, em que Anna servirá de anfitriã. Onde? No seu pequeno apartamento.
"Cada jantar receberá 10 a 12 comensais VIP, incluindo reconhecidos fundadores, influencers, jornalistas e celebridades". O evento, pode ainda ler-se no e-mail, que tinha como remetente a agente de Anna Sorokin, acontecerá mensalmente e cada jantar centrar-se-á em diferentes temas sobre "bons movimentos sociais" e "experiências coletivas de vários setores".
O eventos vão ser "grátis", diz a própria na entrevista que concedeu à "Bon Appétit". "Num mundo ideal, juntaríamos no mesmo espaço celebridades, influencers e pessoas de organizações de solidariedade de causas que são muito importantes para mim. Não vai ser homogéneo".
Anna Sorokin explica ainda que quer ter um chef diferente em cada jantar, de restaurantes de luxo de Nova Iorque como Le Coucou, Shuko ou Sasabune. Na entrevista, Anna não explica como vai financiar estes jantares ou convencer os supostos convidados a participarem. Mas admite que, depois de ter estado presa, as suas prioridades mudaram. "Eu era muito autocentrada quando era mais nova. Estou interessada em criar mudança numa escala muito maior".