Bruna Gomes já era acarinhada pelo público brasileiro, mas foi abraçada pelo português depois de participar em duas edições do “Big Brother”, onde se apaixonou pelo piloto Bernardo Sousa, há cerca de um ano. Conta com 6,3 milhões de seguidores no Instagram e mais de 3 milhões de subscritores no seu canal de Youtube, que fez cinco anos no dia 1 de maio.

De influenciadora a apresentadora. Bruna Gomes abraça novo projeto fora da televisão
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Para assinalar este marco, a influenciadora digital de 27 anos lançou esta terça-feira, 2 de maio, o primeiro episódio do podcast Pod Bru com um convidado muito especial: o namorado. A MAGG conversou com a atual comentadora de “O Triângulo” sobre como surgiu a ideia deste projeto, o que o diferencia dos restantes podcasts, o que significa para si o seu canal de Youtube já ter completado cinco anos e o carinho do público português.

Leia a entrevista.

Sai hoje [terça-feira, 2 de maio] o primeiro episódio do podcast Pod Bru, o seu novo projeto. Como surgiu esta ideia? Foi para ir ao encontro de outro público ou para comemorar os cinco anos do canal de Youtube?
Antes, o meu canal tinha um formato de entrevista com dinâmicas e jogos no Youtube, no ano de 2021, mas o conteúdo era muito virado para o público infantil. Então eu queria voltar com um novo formato de entrevistas para um público adulto. Aí surgiu a ideia do podcast, porque eu acho que o podcast hoje em dia tem essa linguagem e vertente mais adulta, mas também vou conseguir inserir coisas que eu já fazia no Youtube para atingir esse público mais jovem. Não sei se este primeiro episódio já vai estar, mas o podcast vai estar disponível no Spotify para as pessoas que o queiram ouvir no carro, por exemplo, vai estar disponível em direto no meu Instagram e vai ficar guardado no meu canal de Youtube, caso as pessoas não consigam assistir em direto.

E quais são as expectativas para a estreia do podcast e para este projeto?
Altas. Só quero mesmo que as pessoas gostem e se divirtam com ele, porque já têm tantos problemas, tanta coisa a acontecer, tanta dor de cabeça, que eu quero que este projeto seja algo que quando a pessoas estejam menos bem ou sem nada para fazer ou até tristes, pensem neste projeto e digam ‘ok, vou ver porque sei que me vou divertir’. É o que eu espero.

Já se sabe que é semanal, com convidados e com plateia. O facto de ter plateia é algo bastante diferente do normal.
Eu pensei ‘olha, já existe tanto podcast, o que seria diferente neste momento?' e lembrei-me da plateia, porque neste formato, cada podcast aborda diversos assuntos do mundo e até mesmo do próprio convidado. Acho muito interessante ter a visão não só do convidado, mas também de outras pessoas. Então é um feedback imediato de quem assiste.

Vamos ter o chat ao vivo, acompanhando o que as pessoas em casa vão estar a achar sobre aquilo, mas também vamos ter esse feedback imediato das pessoas [da plateia]. Às vezes eu posso convidar uma pessoa que está muito inserida no meu meio, no meu mundinho e na minha bolha e ali nós vamos estar com outras pessoas, com outras profissões e que fazem outras coisas completamente diferentes, de outras idades. É um ambiente para todo o mundo deixar as suas ideias e o que pensa sobre determinado assunto.

Como vai funcionar o podcast?
Vai ser ao vivo, todas as terças-feiras, às 19 horas de Portugal e 15 horas do Brasil. Eu quero aumentar para que sejam duas vezes por semana, mas vamos iniciar com uma vez por semana até eu me conseguir organizar bem direitinho. Estes primeiros [episódios] também vão ser um teste, até porque nós temos plateia e isso envolve mais cuidado com o conteúdo e demora mais. Eu pensei logo em ser um programa ao vivo, em direto, porque eu queria esse feedback imediato das pessoas em casa, por isso é que decidi que fosse ao vivo.

O que é que as pessoas podem fazer para fazer parte da plateia do podcast?
Para participar na plateia, há um perfil do podcast no Instagram que é o @podbrugomes, onde as pessoas podem mandar mensagem privada com o seu nome, idade e porque gostariam de participar e depois nós filtramos. Eu fiz assim para ser o mais fácil possível. As pessoas já têm de ir a saber que vão falar e aparecer, não achem que é uma plateia para acenar, é para conversar também.

Os episódios também vão ter desafios. São sempre os mesmos ou variam consoante o convidado?
Vai variar consoante o convidado, o que for mais “a cara” do convidado. Vão haver pelo menos duas dinâmicas a cada episódio além da entrevista e do assunto do dia em que eu vou conversar com a plateia. Vamos deixar claro as partes do programa que vai ter mais ou menos 1h30 e cada parte vai ser sempre a mesma coisa para as pessoas se habituarem, mas talvez a dinâmica mude. Assim se as pessoas não gostarem de um determinado assunto e quiserem saber da dinâmica vai ser mais fácil para saltarem aquela parte. Mas eu espero que não, espero que vejam tudo.

Os episódios começam sempre com a entrevista ao convidado, depois vamos para a primeira dinâmica do dia, depois o assunto do dia, que é diferente a cada episódio e pode ser sobre o que está a acontecer no mundo, depois voltamos com uma nova dinâmica para que o podcast não seja só de conversa e seja dinâmico para quem estiver em casa se divertir. Depois trago o momento do dia, que é a frase do dia, onde vou escolher sempre uma frase impactante para que as pessoas possam refletir.

O Bernardo vai ser o primeiro convidado. Ele foi o escolhido para assinalar o facto de a vossa história estar a completar um ano?
Na verdade, no dia 1 [de maio], eu comemorei cinco anos do meu canal [de Youtube]. Eu estava a acelerar tudo para que pudéssemos estrear o podcast esta semana para ser basicamente o aniversário do canal e eu queria estar com pessoas que realmente gostam de mim. Neste episódio, na plateia estão meninas portuguesas que sempre me acompanharam desde que eu saí do “Big Brother”, então é uma troca de carinho com elas, e o Bernardo também, porque eu queria estar neste primeiro episódio com uma pessoa que genuinamente torce por mim. É como se fosse uma festa.

Quando são anunciados os próximos convidados e como são escolhidos? Vão ser sempre figuras públicas?
Os convidados vão ser sempre anunciados ou às sextas-feiras ou às segundas-feiras no Instagram oficial do podcast. Qualquer dúvida do programa, do canal, dos convidados ou do que vai acontecer vai ser sempre respondido no Instagram do podcast.

Quanto à escolha, nós já fizemos uma lista bem interessante, porque eu quero trazer convidados bem diferentes, para que o público se possa identificar com diversas histórias e estou super empolgada para também conhecer os convidados pessoalmente, porque alguns deles eu não conheço, e estou bem curiosa para isso. Acho que as pessoas vão gostar bastante disso também, de conhecer o outro lado deles assim como eu. As pessoas da plateia serão de várias profissões. Os convidados serão sempre pessoas conhecidas pelo público.

Fez agora cinco anos desde que publicou o primeiro vídeo no teu canal. Alguma vez esperou conquistar tantas pessoas?
Na verdade, não. Nestes cinco anos não tive sempre a certeza de que daria certo, acho que foi mais incerteza. Passei muito tempo a pensar se o meu conteúdo era bom, se conseguia atingir as pessoas de uma forma benéfica e boa para elas, esse sempre foi o meu intuito. Nunca tive a ambição de ser muito famosa, de ter muitas pessoas a seguir-me. Queria que o meu conteúdo fizesse sentido para as pessoas que me seguissem, fossem 10, 15 ou 10 mil. O meu propósito sempre foi que o meu conteúdo fosse algo bom na vida delas. Então eu acho que alguns períodos foram difíceis para mim, porque duvidei muito se estava mesmo com aquele propósito em dia, se aquilo que eu queria estava a passar para os outros. Foram períodos mais difíceis, mas encontrei muita gente boa.

O que significa este marco dos cinco anos do canal de Youtube?
O Youtube é a plataforma mais difícil. As pessoas têm de entrar na plataforma, pesquisar o teu nome e entrar no canal. Não é como no Instagram em que gostas de uma foto. Por isso é que é uma plataforma em que é difícil que as pessoas parem para te ver. Este marco de estar a produzir mesmo depois de cinco anos é mesmo uma realização pessoal e não importa com quantos ou como, eu tenho de continuar aqui, porque é mesmo aquela coisa que aquece o coração. Acho que é uma plataforma que me deixa cada vez mais perto daqueles que me seguem e torcem por mim. Este marco é mesmo especial por isso, é mesmo o que eu sei fazer.

Está atualmente a comentar “O Triângulo”. Como é que está a ser a experiência, sendo que já esteve no lugar dos concorrentes?
É mais difícil quando estiveste no lugar das pessoas que estão lá dentro. Eu penso sempre assim ‘esta pessoa não esteve tão bem, mas coitadinho’, porque eles já estão lá confinados, é muita pressão, têm saudades da família, a cabeça não para de pensar nas coisas que podem estar a acontecer. Tento ser mesmo o mais leve possível com eles, porque sei o quanto as palavras têm peso. E lá dentro as palavras têm um peso enorme. Quando alguém te critica aqui fora ou dão uma opinião sobre a tua vida, está tudo bem. Lá não, às vezes uma frase que te digam ficas uma semana inteira com aquilo na cabeça, angustiado. Então eu acho que por já ter passado por isso tento ser um pouco mais leve e falo com eles mais numa forma de incentivo.

O facto de as galas serem em direto são um treino para este podcast?
Claro, tudo é um treino. Por isso é que aceitei o desafio de comentar, porque eu acho que nós aprendemos sempre. Tudo o que seja para aprender, independentemente da profissão, temos de aproveitar, porque quanto mais o tempo passa, nós só envelhecemos. Então temos de aproveitar o que a vida nos dá para que daqui a 50 anos, quando eu tiver os meus 80 anos, eu olhe para trás e pense ‘caramba, aprendi tanta coisa’ e eu gosto muito de aprender. Quero que os meus anos sejam bem preenchidos e cheios de aprendizagens.

Relativamente ao “Big Brother”, foi muito acarinhada pelo público português. Estava à espera disso ao vir para Portugal?
Não, não imaginava mesmo, não estava à espera. Quando as pessoas me abordam na rua e dizem ‘Bru, gosto muito de ti’, eu não me consigo habituar. É muito bom ser reconhecido pelo teu trabalho e pelo que és e noutro país, com outra cultura, com outra visão do mundo, outras coisas a acontecer. Eu sou extremamente grata pelo carinho que me dão e vai ser sempre novo para mim. Sou muito grata pelo abraço que recebi em Portugal, sinto-me mesmo acolhida e abraçada pelas pessoas, na Internet.

Recebo muitas coisas, mas nada comparado com os textões e mensagens de apoio e carinho que recebo. É nisso que eu me foco neste momento. Adoro encontrar pessoas na rua e conversar sobre a vida delas, porque da minha elas já sabem, por isso gosto de parar e conversar sobre a vida dos outros também, ou quando me abordam porque se identificam com alguma fase da minha vida ou com alguma coisa da minha personalidade e ficamos a conversar sobre isso. Acho que isso é o melhor da minha profissão, é esta troca e ainda mais com o carinho das pessoas.