Cláudia Vieira, atriz, apresentadora e comunicadora que ficou conhecida no mundo da televisão depois de protagonizar a segunda temporada de “Morangos Com Açúcar”, celebra em 2024 duas décadas de carreira. Com projetos que passaram pela representação e pela condução de programas de entretenimento, a atriz foi a cara de várias novelas que agarraram os portugueses à televisão, como “Sol de Inverno”, “Senhora do Mar” e "Rosa Fogo", e nem por um segundo pensou que não tinha sido feita para esta vida.
“Sou uma privilegiada. Estou extremamente grata, os desafios foram surgindo e foram sendo galopantes, houve anos nestas duas décadas que senti que corresponderam a três ou quatro, mas foram muito bons. Foram tantos os desafios que parece que passou tudo de uma forma rápida e intensa, em que eu me dediquei de um jeito indescritível. Faço uma retrospectiva muito positiva de uma carreira com 20 anos”, começou por dizer Cláudia Vieira à MAGG. A atriz começou oficialmente no mundo da representação em “Morangos Com Açúcar”, projeto que diz que nunca irá esquecer, e confessou que foi esta sua entrada na televisão que fez com que se encontrasse a si mesma.
“Fazer televisão puxa pelo nosso lado artístico, pela nossa dedicação, pelo nosso desconforto. É sempre uma descoberta e no fundo foi um encontrar-me, a televisão foi onde eu percebi que era isto que eu queria fazer. Não tenho dúvida que é isto que eu quero fazer para o resto da minha vida”, confessou a atriz. "Não acreditei quando me chamaram, quando me convidaram para fazer os ‘Morangos’. Já vinha de um ano de sucesso, e eu percebi que ia ser a personagem principal desta série de sucesso. Pensei ‘Onde é que eu me vim meter? Será que tenho arcabouço?’, mas se me escolheram por algum motivo foi e quem o fez sabe o porquê de o ter feito. A partir daí foi um mergulhar completamente mas sem a mínima noção”, acrescentou.
“A minha conversa era sempre ‘vou aproveitar esta oportunidade porque para o ano não sei como vai ser, agora vou aproveitar este, vou-me lançar para o desconhecido neste porque não sei se vai surgir mais algum assim’, e as coisas foram acontecendo. O fator determinante foi a minha entrega e paixão, beber de todos os profissionais à minha volta, foi de ter noção de que se calhar não estava assim tão preparada então tinha de agarrar tudo para dar o meu melhor. Isso foi fulcral para as coisas correrem bem e ao fim de 20 anos as coisas continuarem a correr bem”, disse Cláudia Vieira.
Veja as fotos de Cláudia Vieira.
Para atriz, mesmo depois de ter enfrentado mais de 30 projetos, desde a representação à condução de programas como os “Ídolos” e “Casados no Paraíso”, estas duas décadas passaram a correr, e a única palavra que lhe vem à cabeça para descrever a duração, até agora, da sua carreira, é “veloz”. “Foi algo muito veloz, muito galopante, muito apaixonante, muito intenso. Mas foi mais como um sinónimo de veloz, voou tudo. 20 anos que voaram, nem sequer dei conta, sinto que fiz os morangos há seis, sete anos. Não senti o tempo passar, tenho uma filha com 14 da minha altura”, disse a atriz entre risos.
E por falar em filhas, Cláudia Vieira confessou que, para elas, a parte mediática da vida da mãe já é algo normal, e que Caetana, fruto da relação da atriz com João Alves, acredita que esta é a vida de toda a gente. “A Maria cresceu com os pais a aparecerem na televisão, a ter uma reação das pessoas a ela desde pequenina”, disse a atriz. Maria é filha de Cláudia Vieira e de Pedro Teixeira, fruto de uma relação que durou nove anos e que terminou em 2014.
“Para a Caetana este é o normal, a mãe ser abordada, a mãe aparecer na televisão. Na cabeça destes seres pequeninos os outros pais também aparecem na televisão, não conhecem outra realidade, portanto reagem com muita descontração como se a vida fosse assim para toda a gente”, acrescentou Cláudia Vieira. Caetana, por outro lado, nasceu da relação da atriz com João Alves, com quem namora há 10 anos. A pequena completou este ano quatro anos de idade.
No entanto, mesmo tendo passado duas décadas e com duas filhas, histórias sobre as suas relações amorosas e trabalhos menos bons, Cláudia Vieira nunca pensou em desistir, mesmo com todos os obstáculos que a vida lhe colocou. “Desistir, nunca. Houve sim momentos em que eu pensei que poderia não ser a pessoa certa, mas a paixão, o amor por esta área fez com que nunca existisse um momento assim. Eu não cresci a querer ser atriz, eu não desejava isso, não era o meu sonho. Tive uma oportunidade e agarrei-a, e acho que o facto de eu não ter determinado isto, de não ter aquele sonho, fez com que eu me fosse apaixonando cada vez mais por este mundo”, confessou.
Espreite os convidados que estiveram no evento.
Mas Cláudia Vieira confessa que 20 anos não são suficientes para deixar de se ficar nervoso cada vez que entra num projeto novo. A atriz explicou que ficará para sempre nervosa, e, em confidência, até revelou que estava bastante nervosa no seu próprio evento. “Fico sempre nervosa, e por um lado irrita-me um pouco porque sinto que estou a perder o controlo, mas por outro lado é um sinónimo de estar viva, de querer fazer mais e de não dar a coisa como garantida. Acho que no momento em que eu der algo por garantido as coisas perdem o brilho”, disse. “Eu na verdade gosto de sentir isso porque estar nervosa faz parte da vida, é especial, faz de nós verdadeiros e genuínos. Valorizo muito isso”, acrescentou.
Quanto a projetos que mais marcaram a sua carreira, Cláudia Vieira confessa que não pode deixar de falar de “Morangos Com Açúcar”, pois foi onde tudo começou. “Eu nunca vou deixar de falar dos ‘Morangos’. Foi muito especial para mim. Não posso também deixar de falar do ‘Ídolos’ porque foi o primeiro formato que conduzi e apresentei e tem as vertentes todas que a apresentação exige: os diretos, as entrevistas, o espetáculo, o gerir emoções, o enfrentar multidões, os palcos gigantes. Foi correr atrás de sonhos porque ali já se estava a tornar um sonho, o meu e o dos concorrentes. ‘Rosa Fogo’, também foi um projeto que eu amei fazer e que adorei pela garra e pela história da personagem”, finalizou a atriz.