“Estes últimos dois meses foram um turbilhão na minha vida”. A apresentadora não esconde que a mudança para a TVI foi emocionalmente forte e voltou a admiti-lo em entrevista nas "Manhãs da Comercial". Habituada a lidar com a crítica do público, a diretora de Ficção e Entretenimento da TVI admitiu que algumas reações à mudança de canal foram inesperadas. “A maior parte das vezes passa-me ao lado. Mas isto foi de alguma forma inesperado. As pessoas não conseguiram celebrar uma conquista”.
Lembrando que entrou na TVI num carro que nem era dela e que regressou como dona, a apresentadora (que é também diretora e acionista) partilhou que “achava que isso era uma história bonita de ser contada e que as pessoas iam gostar de saber que isso é possível”.
Críticas à parte, Cristina Ferreira assumiu-se preparada para o desafio que enfrenta na TVI que encontrou no regresso a casa. “A empresa está pior, mas vai ficar melhor. Havia a ideia de que eu chegava e a TVI era líder, só de sentir o cheiro da Cristina nos corredores já dava para ganhar. Mas as coisas não são assim”. Comparando a sua história com a do conto infantil dos Três Porquinhos, a apresentadora referiu que não quer construir “com palha”.
“É preciso arrumar muita coisa, era um trabalho que eu não tinha antes mas que é desafiante. Muitas das pessoas estavam destruídas, sem saber o que lhes ia acontecer, sem líder. As pessoas olham para mim e dizem “ainda bem que vieste para nos ajudar a construir”, partilhou a estrela do canal.
O Programa da Cristina: “Estou-me a borrifar. Se corre mal eu tiro do ar na hora!”
Questionada sobre se tinha a expectativa de arrastar consigo as audiências da SIC para "Dia de Cristina", a apresentadora garantiu que não. “Eu sei que todos os meus programas geram alguma curiosidade e audiência. O formato é novo, é um formato de um dia inteiro que aparece de surpresa. É uma nova forma que estou a testar”, admitiu. E não colocou de parte a possibilidade de voltar atrás se o teste não correr bem. “Estou-me a borrifar, corre mal eu tiro do ar na hora”, assegurou.
Recordado a “casa acolhedora” onde apresentava "O Programa da Cristina", na SIC, admitiu que aceita a estranheza. “Demora algum tempo a entranhar-se. Eu ando a brincar comigo, faço tudo para me superar a mim própria. Eu posso ficar aqui mais dez anos sem ganhar uma última vez, que eu não me vou arrepender de ter voltado”, concluiu no dia anterior a mais um “Dia de Cristina” que está de regresso à antena esta quinta-feira, 8 de outubro.
Garantindo que não liga a audiências, a diretora partilhou os últimos números em direto na rádio. “A SIC fez 19,3 e a TVI 16,3. Há uns meses a diferença era maior”, referiu, deixando no ar a possibilidade de levar Vasco Palmeirim para a TVI. “O meu filho perguntou-me, eu disse-lhe que há-de chegar o dia”, brincou.