Passados seis anos da morte do fundador da “Playboy”, a modelo de 37 anos quebra o silêncio sobre a relação. É para janeiro de 2024 que está previsto o lançamento do livro de memórias denominado “Only Say Good Things”, mas Crystal já começou a dar algumas entrevistas onde fala sobre Hugh, que morreu em setembro de 2017, anos 91 anos.
Revela, em entrevista ao “Daily Mail”, que era Hugh quem decidia tudo. Desde a cor do verniz que devia usar, ao recolher obrigatório e à participação em orgias. Crystal conta que a participação em orgias era quase uma obrigação e que se sentia constrangida. Ao início, segundo cita a “Sábado”, considerava que o local era quase um “santuário” e que sentia que “não tinha outro lugar para ir”. Depois, começou a achar toda a situação confrangedora.
“Não sei quantas pessoas estiveram no nosso quarto ao mesmo tempo, mas muitas. Ninguém queria realmente estar lá, mas acho que na mente de Hef, ele ainda pensava que estava na casa dos 40 anos, e naquelas noites, as pessoas e a mansão solidificavam essa ideia”, revelou ao “Daily Mail”. Foi devido às orgias que ficou surdo – o consumo excessivo de Viagra provocou-lhe a surdez em um dos ouvidos. “Hef sempre disse que preferia ser surdo e ainda poder fazer sexo”, contou Crystal.
Viveu vários anos fechada em casa e sem permissão para viajar ou até ir à praia. Tinha um recolher obrigatório às 18 horas, quando o marido se encontrava na famosa mansão, e revela que o jantar de Hugh era sempre canja de galinha com queijo creme e bolachas de água e sal.
A diferença de idades entre o casal foi um caso bastante comentado. Conheceram-se quando o empresário tinha 81 anos, e ela 21. Crystal revela agora que ao ver fotos antigas, do início do namoro dos dois, sente-se triste. "É tão triste. [referindo-se à própria foto] Pareço um bebé. Olho para trás e sinto pena daquela menina. Havia aquele momento do 'Feiticeiro de Oz' em que a fantasia se desvanecia, a cortina abria-se e via-se a realidade. Mas é quem tem o dinheiro que faz as regras, certo?”, comentou ainda durante a entrevista.
O controlo por parte de Hugh e a “adolescência roubada” vão ser temas abordados pela ex-coelhinha no livro. Ainda assim, não esquece o lado feliz da relação. "Ele mudou e salvou a minha vida. Fez-me sentir amada todos os dias", contou. A modelo, cerca de 60 anos mais nova, passou os últimos anos da vida de Hugh a cuidar dele. De acordo com o “Daily Mail”, depois da morte de Hefner, a viúva, chocada, permaneceu na mansão durante duas semanas.
Com formação em psicologia, Crystal Hefner abandonou a ideia de exercer na área depois de se tornar coelhinha da Playboy. Diz já que tinha tantos problemas que não sabia se conseguia ajudar mais ninguém. Agora, voltou aos estudos e é cofundadora e embaixadora da “First Ape Wives Club”, que oferece passes de acesso digital e NFTs para o tipo de viagem de luxo normalmente desfrutada pelos super-ricos e celebridades.