Michael J. Fox , ator norte-americano de 62 anos, subiu ao palco da cerimónia dos BAFTA deste domingo, 18 de fevereiro, para entregar o prémio de Melhor Filme a Christopher Nolan por "Oppenheimer". Apesar de ter entrado numa cadeira de rodas, o ator de "Regresso ao Futuro", uma das caras mais mediáticas da doença de Parkinson, insistiu em levantar-se e manter-se de pé no púlpito para entregar a estatueta ao realizador.

Tal como previa Michael J. Fox, o futuro tem ténis que se apertam sozinhos
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David Tennant, o apresentador da gala dos BAFTA, chamou ao palco Michael J. Fox, descrevendo-o como uma “verdadeira lenda do cinema”. O público levantou-se numa ovação e várias pessoas publicaram vídeos e fotografias nas redes sociais, dizendo que estavam “em lágrimas” com o momento.

No entanto, esta não é a primeira ovação que o ator recebeu nos últimos meses. Em janeiro, o mesmo já tinha acontecido na gala do National Board of Review, em Nova Iorque, quando recebeu um prémio pelo seu documentário, “Still: A Michael J. Fox Movie”.

“Muito obrigado!”, agradeceu o ator, que também estava nomeado na categoria de Melhor Documentário com a produção lançada na Apple TV + em 2023. Um documentário sobre a sua carreira e vida enquanto luta contra a doença, no qual partilha como começou a notar os primeiros sintomas daquele que seria, mais tarde, o diagnóstico de Parkinson, onde Michael J. Fox  disse que retrata “um otimista incurável que dá de caras com uma doença incurável”.

O ator foi diagnosticado com a doença em 1991, com apenas 29 anos, e foi avisado que lhe restavam “dez bons anos de trabalho”. Mas não foram essas palavras a pará-lo — no mesmo ano, assinou contratos para participar em três filmes, “Por Amor ou Dinheiro”, “A Vida com Mikey” e “Greedy”, mas só tornou o diagnóstico público em 1998, sete anos depois.

Fez, ainda, várias participações especiais em filmes e séries como “Scrubs”, “Boston Legal”, "The Good Wife", "Sobrevivente Designado" e "Calma, Larry", entre outras.

Juntamente com a mulher, Tracy Pollan, criou a Fundação Michael J. Fox em 2000, que apoia a investigação para a cura da doença de Parkinson. Em entrevista ao programa “CBS Sunday Morning”, em novembro de 2023, o ator contou que o apoio da mulher tem sido o mais importante. “Ela disse-me ‘no melhor e no pior, na saúde e na doença’. Foi ela que conseguiu ajudar-me, ao passar por isto comigo", afirmou.