Depois da mais recente polémica na qual esteve envolvido, Diogo Faro decidiu pronunciar-se num vídeo de 8 minutos que publicou no seu Instagram. Na semana passada, o humorista e ativista foi o protagonista de dois episódios consecutivos do podcast “Extremamente Desagradável” da Renascença, onde foi criticado por ter criado um Patreon para se sustentar e por não querer trabalhar. Esta segunda-feira, 21, Faro voltou a ser protagonista de um episódio da rubrica de humor da Renascença, desta vez a propósito da sua participação no podcast Ar Livre, de Salvador Martinha, onde teve um frente a frente com Diogo Sena. 

Apesar de Diogo Faro ter republicado algumas publicações no X (antigo Twitter) de pessoas que não concordavam com o que a humorista Joana Marques disse nos episódios do podcast, o ativista ainda não se tinha pronunciado diretamente acerca do assunto. 

Porque é que está toda a gente a falar de Diogo Faro? Compreenda (mais uma) polémica
Porque é que está toda a gente a falar de Diogo Faro? Compreenda (mais uma) polémica
Ver artigo

No vídeo que publicou esta terça-feira, 22 de outubro, Diogo Faro começou por dizer que o seu objetivo “enquanto artista e cidadão é lutar contra desigualdades, sejam elas de classe, género, orientação sexual, raça, etnia, religião, por acreditar profundamente na igualdade e na equidade.” E que “muita gente gosta de dizer que isto são muitas causas, muitas lutas, mas não, é só uma: é que toda a gente possa viver de uma forma digna e livre com paz, pão, habitação, saúde e educação.” 

Diogo Faro revelou que, para além da onda de ódio de que tem sido alvo, até chegaram mesmo a ligar para a sua mãe só para o insultarem. "Chegámos ao ponto de ligarem à minha mãe - alguém arranjou o número da minha mãe - para a insultar e me insultar a mim. É escabroso.” 

Ao longo do vídeo aproveitou para esclarecer cada ponto que tinha sido criticado durante a semana anterior, nomeadamente o facto de a humorista Joana Marques o ter criticado por ser “contra os ricos.” “Ser anticapitalista não é ser contra haver dinheiro e trocas comerciais. É ser-se contra a acumulação de riqueza e poder em poucas mãos e a sua injusta redistribuição.” 

O ativista admitiu ser impossível ser completamente coerente “dentro do sistema capitalista onde vivemos. Diogo Faro revelou, também, ser um “enorme privilegiado” ao poder trabalhar naquilo que mais gosta. Sobre a criação do Patreon, afirmou que não quer privar o seu trabalho àqueles que não têm possibilidades de pagar por conteúdo exclusivo, apenas quer que quem te possibilidades para o fazer o possa ajudar para que possa viver dos seus conteúdos de forma independente. 

O ativista acabou ainda por mandar uma farpa a Joana Marques, ao dizer que por não apoiar a igreja católica como instituição, quer seja por estar “recheada de abusadores sexuais de menores” ou por ser “um disparate o dinheiro gasto com as jornadas mundiais da juventude”, nunca será contratado para uma rádio católica, que é o caso da Renascença, onde trabalha a humorista. 

Diogo Faro alertou ainda para os efeitos negativos que este “ódio coletivo” pode ter na saúde mental das pessoas, e não se esqueceu de apelar para que apoiem o seu Patreon. 

Veja o vídeo