Diogo Faro, humorista e ativista de 37 anos, está envolvido em mais uma polémica. Desta vez, foi criticado no podcast “Extremamente Desagradável” e nas redes sociais, por ter criado um Patreon – um crowdfunding que permite aos criadores de conteúdo receberem apoio financeiro dos fãs em troca de benefícios exclusivos – no entanto, Diogo Faro não disponibiliza qualquer tipo de conteúdo exclusivo para os assinantes. 

No fundo, o Patreon serve para Diogo Faro se poder sustentar, continuando a disponibilizar todos os seus conteúdos de forma gratuita sem qualquer restrição. “Só quero que as contribuições do meu trabalho possam ajudar-me a continuar a viver disto. É-me cada vez mais difícil arranjar patrocínios, como devem imaginar, por causa das minhas posições (...)”, pode ler-se na plataforma. 

Rapidamente tudo isto se tornou viral. Na rede social X (antigo Twitter), os internautas partilharam as suas opiniões relativamente ao Patreon e aos dois episódios do podcast da “Renascença”. 

“Será que o Diogo Faro já equacionou a remota possibilidade da razão de não conseguir patrocínios, ou ter de cancelar espetáculos por falta de público, não ser as suas ‘opiniões polémicas de esquerda’, mas sim o facto de, simplesmente, não ter piada?”, escreveu um internauta. 

“Ver o anti-capitalista do Diogo Faro a chorar por dinheiro enquanto é rebentado pela Joana Marques é ouro. 17 minutos que demonstram na perfeição a figura patética que se tornou o Diogo Faro”, escreveu outro. 

Apesar de existirem alguns internautas que defendem o humorista, a grande maioria dos comentários concordam com os comentários feitos por Joana Marques nos dois episódios consecutivos, nos quais Diogo Faro foi o protagonista.  

Atenção, fãs de stand up. Salvador Martinha está de volta aos espetáculos (e vai passar por várias cidades)
Atenção, fãs de stand up. Salvador Martinha está de volta aos espetáculos (e vai passar por várias cidades)
Ver artigo

"Para ser da classe operária só falta mesmo a parte de trabalhar", disse a humorista enquanto reagia aos inúmeros apelos, relativamente às doações, que Diogo Faro fez no seu podcast, “Traidor de Classe”. 

Joana Marques, no seu tom irónico de sempre, teceu várias críticas a Diogo Faro sugerindo que este preparasse melhor o seu podcast e dizendo que o ativista critica “os ricos” generalizando-os como se fosse um homofóbico a falar da comunidade LGBT+. 

A humorista acabou mesmo por, em tom de ironia, criar um crowdfunding intitulado de “Pay for Diogo Faro” que já conta com 145€ arrecadados. 

Apesar de Diogo Faro não se ter pronunciado diretamente sobre os episódios do podcast, republicou várias publicações no X de internautas que não concordaram com o que foi dito. Numa das republicações escreveu: “Sempre muito inteligente e acutilante”, referindo-se à humorista de forma irónica. 

“O 'Extremamente Desagradável' de hoje foi extraordinariamente mau. Gozarem com um colega por estar em dificuldades financeiras é muito chunga. O elitismo de fazerem piadas com a 'comunidade vida e paz'. Também te pagam para dizeres merda, filósofa Marques”, escreveu um internauta, defendendo Diogo Faro. 

Esta não é a primeira vez que atitudes e comentários de Diogo Faro são alvo de críticas e polémicas. Durante a pandemia, em 2021, foi altamente criticado e acusado de ser hipócrita, acabando mesmo por se afastar das redes sociais. O humorista tinha escrito um artigo, no qual referia que “quase todos os dias aparecem imagens de festas, algures em Portugal, de 20, 30 ou mais pessoas a cantar e dançar tão embebidos em alegria como egoisticamente alienados da realidade”, criticando os ajuntamentos. 

Contudo, também ele esteve presente numa festa de fim de ano juntamente com amigos. Diogo Faro acabou por pedir desculpas publicamente.

“Devo-vos obviamente um esclarecimento e um pedido de desculpas a todos os que se sentem desiludidos e magoados com esta situação, a todos aqueles que gostam de mim e do meu trabalho (...)”