Diogo Martins esteve este sábado, 12 de março, no programa de entrevistas da SIC, "Alta Definição". O ator de 30 anos — que se estreou aos 10 na telenovela da TVI  "Amanhecer", em 2002, e se tornou muito conhecido depois de fazer parte da primeira temporada de "Morangos com Açúcar" — falou com Daniel Oliveira sobre alguns dos momentos mais marcantes da sua vida.

Emocionado, o ator, que atualmente dá vida a Nuno Macedo, assistente de Renata (interpretada por Rita Blanco), na novela da SIC "Por ti", e também ao futuro rei Afonso IV, na série da RTP1 "A Rainha e a Bastarda", recordou a morte inesperada da mãe, em dezembro de 2018.

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"Até hoje, o pior foi ter de encarar a vida com a ausência da minha mãe. Esse foi, sem dúvida, o pior acontecimento da minha vida", começou por referir. "Viver e lidar com essa ausência acho que foi o pior que a vida me deu. É uma dor que não escolhemos ter porque acontece e depois parte de nós querer sofrer ou não. O sofrimento faz parte, mas acho que temos de o atenuar para conseguirmos sermos felizes e é isso que eu tenho feito", confessou a Daniel Oliveira.

Diogo Martins recebeu a notícia de que algo não estaria bem enquanto se encontrava nas gravações da novela "Alma e Coração", através de uma chamada do irmão. "Acho que meu irmão tinha a consciência de que a qualquer momento isto podia acontecer porque a minha mãe não se cuidava muito e tinha alguns problemas de saúde", recordou Diogo Martins.

Apesar da sorte que assume ter por a ter tido como mãe, Diogo Martins não esconde a dor de não a poder voltar a abraçar. "Não há um único dia em que não me lembre dela, seja em que circunstância for. Ela é um apoio que sei que nunca mais vou ter na vida. Tenho saudades do abraço dela e essa foi a coisa que eu menos esqueci: o cheiro, o abraço, o beijo. O tempo deixa essa saudade que vai ser permanente e não se consegue colmatar com ninguém, porque não há ninguém que consiga ocupar aquele espaço vazio que é único."

Após a morte da mãe,  diz não ter conseguido abrir mais nenhuma mensagem ou fotografia dela, e frisa ter aprendido que é preciso viver cada momento ao máximo com a consciência de que podemos morrer a qualquer momento. "É importante fazermos os nossos objetivos e a nossa missão da melhor forma possível e sermos bons uns para os outros."

Aos 21 anos Diogo decidiu viver com os avós para os ajudar

Durante uma fase em que a carreira no mundo da televisão esteve mais parada, Diogo Martins foi o grande auxílio dos avós com quem cresceu. No início da conversa com Daniel Oliveira, o ator de 30 anos frisou a importância que os avós tiveram na sua educação, estabilidade e a forma presente com que sempre ajudaram os pais a cuidar dele. "A eles devo-lhes tudo", afirma, antes de contar que, aos 21 anos, após o avô ter sofrido um AVC, decidiu mudar-se para casa dos avós para "prestar os auxílios possíveis para que ele conseguisse partir com dignidade."

"Foi um tempo complicado porque todo o meu tempo era entregue aos cuidados do meu avô. Sempre que ele precisava eu estava lá: quer fosse quando ele acordava ou quando precisava de ir à casa de banho. Tive presente nessa fase mais difícil e acho que fui fundamental para que a minha avó pelo menos não suportasse tudo e conseguisse também viver com alguma paz no meio de tudo aquilo."

Apesar de se mostrar feliz pelo facto de o avô ter partido com a consciência do seu apoio, lamenta o facto de o mesmo não ter assistido ao seu regresso à televisão. Após a morte do avô, Diogo Martins regressou ao ecrã na novela "Coração d'Ouro", em 2015, onde dava vida a Leandro Silva.

A chegada aos 30 e a relação discreta com Aurea

Com uma carreira vasta, aos 30 anos Diogo Martins acumula já vários trabalhos que nem sempre estiveram relacionados com o mundo da televisão, mas também do teatro e até cinema. A Daniel Oliveira o ator confessou que se encontra numa boa fase da vida e que os 30 o "fizeram ser melhor".

Durante a entrevista houve ainda tempo para falar sobre a relação discreta com a cantora Aurea. "Vives uma aura feliz?", perguntou Daniel Oliveira em tom de brincadeira. "Vivo uma aura muito feliz, felizmente. Estou agradecidíssimo por a vida me levar sempre às pessoas certas sem ser eu a procurar", respondeu o ator, enaltecendo as qualidades da namorada.

"Gosto muito da música que ela fez agora para o Festival [da Canção, "Why?"]. Já lhe disse isto mais do que uma vez: acho que ela tem capacidades acima da média e nem sempre confia nelas. Ela fez a letra desta canção e música é uma viagem completa. Ela, além de ser a voz que é, é uma ótima interprete e consegue fazer-nos viajar com a música que escreveu. Isso sim, acho que é talento puro e acho que ela é uma ótima artista."

Quanto ao que o apaixona noutra pessoa, diz ser "a maneira de ser". "Sermos parecidos acho que ajuda a que as coisas resultem e ajuda a que tu consigas, se calhar,  compreender melhor o outro também."