O regresso dos D’ZRT com a digressão Encore levou os fãs à loucura, 12 anos depois de terem subido ao palco pela última vez. De 12 datas anunciadas, nove delas esgotaram, algumas nas maiores salas de espetáculos do País, como a Altice Arena, em Lisboa, ou a Super Bock Arena, no Porto.

Das lágrimas e arrepios às homenagens a Angélico. Estivemos no concerto de regresso dos D'ZRT
Das lágrimas e arrepios às homenagens a Angélico. Estivemos no concerto de regresso dos D'ZRT
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A 19 de agosto encerram esta digressão com um último concerto no Estádio do Algarve, aquele que será o regresso ao Verão Azul. Além dos Revenge of the 2000’s a fazer a festa durante a noite, Agir e FF são os convidados confirmados até ao momento que vão subir a palco com a banda que se formou na segunda temporada da série juvenil “Morangos com Açúcar”.

Em entrevista à MAGG, em que estiveram presentes Cifrão e Paulo Vintém, os cantores explicaram como será este último concerto, que decorrerá das 18 horas às 2 da manhã, falaram sobre o futuro da banda e contaram-nos o que significou para eles esta digressão, tantos anos depois, e como surgiu a ideia de homenagear Angélico Vieira, que morreu com 28 anos num acidente de viação a 28 de junho de 2011, com um holograma.

O próximo e último concerto da tour Encore é já no próximo dia 19 de agosto. Quais são as vossas expectativas?
Cifrão -
Quando nós anunciámos que íamos voltar foi criada uma onda gigante que nem nós tínhamos noção de que podia acontecer. Fazer quatro Altices, dois Multiusos de Guimarães, três concertos no Porto, e toda a tour que aconteceu, saiu completamente fora de todas as expectativas que podíamos ter.

Pensámos que queríamos fechar esta tour de uma forma muito bonita e muito significativa e então escolhemos o Estádio do Algarve para o fazer. Vamos ter alguns convidados especiais que nos vão ajudar a reavivar as memórias, a lembrar o que era todo este universo dos “Morangos com Açúcar”, todo o universo de D’ZRT, e a expectativa é que vai ser uma festa muito bonita, muito intensa, cheio de pessoas a rir e a chorar, como têm sido os outros concertos todos. Acho que vai ser uma festa gigante, muito bonita e a relembrar o passado.

Como é que vai ser este último concerto?
Vintém -
Ao contrário dos outros, este não vai ser um concerto isolado. A festa começa às 18 horas, nós temos o nosso concerto às 21 horas e a festa prolonga-se até às duas da manhã. Vamos estar a fazer tudo isso juntamente com a Revenge of the 2000’s e, lá está, vamos fazer esse regresso ao passado com eles também.

Cifrão - Antes de nós entrarmos, a Revenge vai ter três convidados especiais, para já. O Berg, que é o autor da primeira música dos “Morangos”, o genérico, o TT e o Cali, dos Flow 212. Às 21h15 entramos nós a fazer um concerto de duas horas e aí vamos ter dois convidados especiais. O FF, com quem fomos cantar à RFM e foi surreal de bonito, e vamos ter o Agir a cantar connosco também. Acabamos por volta das 23h15 ou 23h30, e depois até às 2 horas a Revenge of the 2000’s vai pegar na festa e vai fazer uma viagem pelo universo “Morangos”.

O Agir e o FF são os convidados especiais do vosso concerto. Como foi feita esta escolha?
Cifrão -
Em todos os concertos temos escolhido uma ou duas pessoas para poder cantar connosco. A escolha do FF é super lógica, fez parte dos “Morangos”. O Agir é um dos meus melhores amigos, um super compositor, um super cantor, um super produtor, e ele fez uma das sessions connosco. Foi a segunda pessoa, depois do António Zambujo. Há uma ligação muito estreita com ele, daí eu querer que ele faça parte do último concerto da tour.

Vintém - O FF faz parte do universo “Morangos”, tem duas músicas que vai cantar, uma delas connosco também, que vão fazer as pessoas viajar no tempo. Faz todo o sentido, foi muito bonito na apresentação que fizemos na RFM, estar a cantar ao lado dele.

Vão haver mais convidados para além do Agir e FF? E os ex-moranguitos, que até subiram ao palco num dos concertos da tour, vão estar presentes?
Cifrão -
Ainda é segredo. Revelámos o Agir e o FF e agora tem de ser um percurso até ao final. Não há um regresso ao Verão Azul sem eles [os ex-moranguitos], é só isso que eu posso dizer.

Sentem-se mentalizados para aquele que será o vosso último concerto?
Vintém -
 Depois de tudo isto que aconteceu, que foi mágico e até um bocadinho inexplicável, eu acho que é importante nós pararmos e olharmos para trás, perceber tudo o que aconteceu, perceber o quão bonita foi a ligação que tivemos com todas as pessoas e contemplar um bocadinho. Acho que hoje em dia as pessoas andam tanto numa correria e não param, não olham para trás para pensar no que fizeram bem, no que deviam ter feito melhor. Eu acho que esses momentos de reflexão e análise são extremamente importantes e é disso que precisamos agora. Tivemos uma tour fantástica, muito para além daquilo que podíamos imaginar, a ligação com as pessoas que lá estavam foi mágica e estávamos todos em uníssono naquela energia. Acho que é importante agora perceber tudo isso, pensarmos nisto que foi esta tour e tirarmos as nossas ilações positivas para seguirmos em frente.

Então o plano da banda é parar depois do último concerto da tour, pelo menos por enquanto?
Vintém -
 Exatamente.

"Nós queríamos tanto estar ali como as pessoas queriam que nós estivéssemos lá"

O primeiro concerto foi a 29 de abril. Como é que foi entrar pela primeira vez numa Altice Arena esgotada, passados todos estes anos?
Cifrão -
Em primeiro lugar, o próprio dia não foi escolhido por nós. Eu fui falar com o Rui, que é a pessoa que gere a agenda da Altice Arena, e perguntei: ‘olha, a gente queria fazer um concerto em maio’. E ele disse: ‘em maio não tenho nenhuma data. Que tal esta data a 29 de abril?’. Dia 29 de abril é o Dia Mundial da Dança e assim que ele disse isto, para mim, fez-se um clique gigante e pareceu-me muito bem. Só por este simples facto, a data já era muito especial, obviamente tornou-se mais especial ainda porque nós não estávamos juntos em concerto há 12 anos.

"Não há um regresso ao Verão Azul sem eles [os ex-moranguitos], é só isso que eu posso dizer.", Cifrão

A primeira vez que subimos a palco, nós estávamos lá atrás e a led wall [parede de vídeo] levanta para nos revelar aos três. A sensação que é estar lá atrás a ouvir o público é inexplicável. Depois aquilo sobe, nós ficámos parados a olhar para o público, e ver o Altice cheio e com toda a gente a gritar é indescritível. Depois nós fizemos as três primeiras músicas, acabámos a “Caminho a Seguir” e íamos começar a falar com o público. O público esteve a gritar não sei quanto tempo, mas a mim pareceu-me cinco minutos, pareceu-me mesmo muito tempo. Fez-nos perceber que nós estávamos no local certo à hora certa, ou seja, nós queríamos tanto estar ali como as pessoas queriam que nós estivéssemos lá. Isso fez toda a diferença e foi das maiores e melhores sensações que eu já tive em palco e acredito que eles também. Fazia sentido nós termos regressado e que toda a gente lá estivesse.

De todos os concertos desta tour até agora, houve algum que vos marcou por algum motivo em especial?
Vintém -
 Nós estivemos 12 anos parados e entrarmos na Altice Arena pela primeira vez foi especial para nós e para todas as pessoas que lá estiveram. Obviamente que a energia em todos os outros foi igual, aquela energia de festa. Todos foram especiais, mas obviamente que o primeiro depois deste tempo todo foi qualquer coisa.

Cifrão - Eu acho que todos tiveram momentos. No segundo concerto, o pessoal dos “Morangos” esteve em palco connosco, o nosso elenco da série dois e alguns da série três, ou seja, pessoal que nos acompanhou durante essa fase incrível dos “Morangos”. Todos eles tiveram pequenos momentos especiais. No quarto dia, acho, a Cláudia Vieira subiu a palco connosco, que era a personagem Ana Luísa, de quem éramos os melhores amigos, e para mim e para o Vintém fez muito sentido estarmos lá juntos.

Voltando ao início da tour. Já tinham partilhado que, durante estes 12 anos parados, por vezes algum de vocês pensava em voltar, mas havia sempre quem não estivesse preparado. Desta vez, quem deu o primeiro passo para estarem aqui hoje?
Vintém - 
Nós temos vindo a falar nisto há muitos anos e eu acho que o que fez isto acontecer foi estarmos todos em uníssono e em sintonia, olharmos uns para os outros e pensarmos: ‘ok, já falámos tantas vezes nisto, havia sempre alguém que não achava que era o momento, e agora achamos todos que é o momento. Bora, vamos fazer isto que já é necessário fazer e é preciso’. Eu acho que foi esta sintonia entre nós que fez que isto acontecesse e precisámos deste tempo todo para deixar isto acontecer naturalmente.

Quando começou a preparação para os concertos, houve alguma vez em que pensaram que talvez fosse melhor não avançar com este regresso?
Vintém -
Eu acho que foi tudo tão fluido, as pessoas que escolhemos para trabalhar connosco foram as pessoas certas, e acho que sentimos sempre tudo a fluir tão bem, tão naturalmente, nós olharmos uns para os outros e percebermos que está tudo certo... Obviamente que nós não sabíamos como é que iríamos ultrapassar o facto de não estarmos os quatro, queríamos que isso acontecesse da melhor forma, e trabalhámos muito para isso, de várias formas e com várias representações.

Era disto que nós tínhamos mais receio. ‘Como é que vamos estar os três ali? Passaram tantos anos, será que vamos estar da mesma forma? Vamos estar completamente despidos, porque nos vamos sentir sozinhos’. Acho que a melhor surpresa de todas foi nós nos termos sentido bem lá, sentirmos que estávamos os quatro, sem dúvida, e isso era aquilo que nos estava a atormentar mais. Estivemos lá os quatro, sem dúvida.

Como é que foi a construção destes concertos? Desde a escolha das músicas aos convidados de cada data.
Cifrão - Nós quisemos fazer um concerto completamente diferente de tudo aquilo que já tínhamos feito, então pesquisámos bastante, fomos ouvir as nossas músicas, perceber como é que íamos trabalhar cada música, como é que a led wall poderia interagir com a música e connosco, como é que íamos representar o Angélico, que era uma parte importante do nosso espetáculo e com a qual tínhamos de ter cuidado. Trabalhámos essas soluções todas da melhor forma, rejeitámos algumas, aproveitámos outras, tomámos as decisões que eu acho mais certas para o retratar [a Angélico Vieira] em concerto, e pela forma como o fizemos. Foi tudo muito estruturado e pensado, o próprio palco foi estruturado para ser um palco grande para que conseguisse passar toda a imagem que nós queríamos, porque, com a falta de uma das pessoas da banda a imagem tinha de ser tudo, tinha que ser uma parte muito predominante do espetáculo.

Pensámos que queríamos um palco não muito comprido, porque éramos só três e nós mexemo-nos bastante, e quando o palco não é muito comprido as coisas ficam mais concentradas e nós cruzamo-nos mais vezes. Parte dos espetáculos têm uma passerelle à frente, mas nós não quisemos fazer isso, porque isso ia isolar-nos mais vezes e nós sempre resultámos muito bem juntos. Então trabalhámos estas coisas todas que achámos que eram as nossas mais valias quando estávamos juntos e tentámos retratá-las nos espetáculos.

"Quando vejo o Angélico na carrinha, é lembrar-me de uma memória muito bonita que nós tivemos"

Como é que surgiu a ideia de incluir um holograma do Angélico? Têm noção do impacto que este momento teve no público?
Cifrão -
Sim, esta foi a parte mais complicada de todas, perceber que não íamos ultrapassar o razoável como o holograma. Fizemos muitos testes, vimos aquilo à nossa frente, para perceber o que é que íamos sentir, tentar perceber o que o público ia sentir, o que é que a Mena [Filomena Vieira], mãe do Angélico, ia sentir, falámos com ela, explicámos o que íamos fazer, pedimos a aprovação dela e ela deu-nos. Embora o concerto tenha sido muito emotivo para ela, ela ainda há uns dias nos disse que foi muito bonito, agradeceu-nos muito por termos feito aquela homenagem bonita, mas que lhe custou obviamente muito, foi um choque grande. Tentámos coordenar as coisas todas para que fizesse sentido para nós. Fizemos como gostaríamos que tivessem feito se fôssemos nós e eu acho que quanto se parte dessa premissa bonita, de amor e respeito, tudo resulta. No fundo eu acho que as pessoas perceberam isso e aceitaram bem a forma como o retratamos, foi bonito.

Mais do que o holograma, uma das cenas mais marcantes para mim é ao pé da carrinha lá atrás, quando nós vamos ter com ele. Para mim, quando o vejo na carrinha, é lembrar-me de uma memória muito bonita que nós tivemos. Tudo isso, ouvi-lo, porque nós na maior parte das músicas deixámos a voz do Angélico, ele canta realmente as partes dele. E ao ouvi-lo nos nossos fones parece que ele está atrás de nós a cantar como estava sempre nos concertos. Nós ouvimo-nos nos fones, mas nem sempre nos vemos uns aos outros. E isso foi um momento a superar. Mas pronto, tinha de ser feito e nós achámos que era a maneira mais bonita de o fazer.

O que é que acham que os D’ZRT de há mais de 12 anos, que começaram na segunda temporada dos “Morangos com Açúcar”, pensariam se vissem este regresso e esta receção do público?
Cifrão - Que era ficção, que estávamos a gravar uma novela e nada disto era verdade, que era impossível isto acontecer algum dia. Todas as pessoas à nossa volta acharam isto surreal. Ontem [segunda-feira, dia 7 de agosto], uma das pessoas que trabalha na MEO Blueticket e que foi ao quarto dia no Altice, disse que, em todos os anos desde que trabalha lá, nunca tinha havido um público tão ativo no concerto inteiro. Desde o início até ao final a cantarem as músicas todas, em pé, a gritar, a puxar, tudo e mais alguma coisa. E estamos a falar do quarto dia no Altice. As pessoas que quiseram mesmo comprar bilhete, no primeiro dia já lá tinham estado, que eu acho que eram as pessoas que estavam mesmo à nossa espera. Isto já no quarto concerto resultou da mesma forma. É surreal, isto não existe em lugar nenhum. Todas as pessoas, inclusive nós, que viveram isto, acham que é um sonho, mas é praticamente. É uma impossibilidade que aconteceu, que ninguém estava à espera.

A primeira vez que nós tivemos sucesso com D’ZRT em 2005, 2006, nós estávamos muito fechados no nosso mundo e as coisas escalaram muito rapidamente. Nós não estávamos preparados para aquele sucesso todo, não estávamos à espera, e incrivelmente isso aconteceu outra vez com a mesma banda, passados 12 anos. É bonito rever isso e poder viver isso pela segunda vez. É uma segunda oportunidade nós podermos viver isto tudo. Não há explicação. Nós em cinco dias esgotámos nove datas nas maiores salas do país muito rapidamente, sendo que três das datas esgotámos num dia só. Não acontece em lado nenhum. O site da MEO Blueticket foi abaixo, a equipa que estava de férias teve de voltar para se agarrar ao computador, porque aquilo não estava a funcionar. Isto torna as coisas ainda mais bonitas, porque nós queríamos fazer apenas um concerto, nós tínhamos fechado o Altice para 6 mil pessoas, na configuração mínima. Isto era o que nós esperávamos que ia acontecer, mas de repente aconteceu o que aconteceu. Nem consigo explicar bem o nosso sentimento, é de extrema felicidade.

Como é que foi voltar a sentir a ligação com o público?
Cifrão - Toda a gente me pedia para a banda não acabar, o grande pedido de toda a gente é que continuemos. Isso é uma coisa que é muito complicada, porque agora somos três e implica muitas coisas. Mas é o que o Vintém disse, nós temos de parar um bocadinho agora, perceber o que aconteceu e olhar para tudo de longe e perceber o que vamos fazer. 

A vossa vida de estrada há mais de 12 anos atrás era muito agitada, sempre de um lado para o outro e com poucas horas de sono. Nesta tour, apesar de mais calma, houve peripécias no backstage que possam contar?
Vintém - Os concertos não eram diários, tínhamos um bocadinho mais de tempo do que antigamente, no meio de gravações e na estrada com concertos de norte a sul do País, em que não havia tempo para respirar e as peripécias iam acontecendo. Desta vez, foi tudo tão bem organizado a nível de produção, organizámo-nos muito bem. Obviamente que quisemos ir celebrar com a equipa em cada cidade em que estivemos, fizemo-lo algumas vezes com jantares, conversámos muito uns com os outros. Lembro-me que na Madeira, depois de algumas ponchas ou muitas ponchas, estávamos com a equipa toda, todos juntos, em que cada um falava à vez e dizia o que estava a sentir e como tinha sido toda a experiência até ali. Foi um momento mágico, de sintonia entre todos, de olharmos uns para os outros, falarmos uns dos outros, do porquê de estarmos ali, e estas coisas importantes não acontecem todos os dias.

Cifrão - Esta tour deu para tudo. Deu para fazer tatuagens, a Noa tatuou-me. Esta tour foi tão tranquila que deu para fazer uma data de coisas. Nós nunca tínhamos tocado no Altice mais do que um dia. Tínhamos tocado um dia e depois tocámos noutro dia passado um ano. Nós agora tocámos quatro dias. Eu deixei um armário de roupa dentro do Altice de uns dias para os outros, aquilo foi praticamente a nossa casa, nós só não dormíamos lá. Como foi organizado com muito tempo não houve muitas peripécias, tudo correu bem. Acho que as partes mais difíceis eram quando acabávamos e o pessoal queria todo vir ter connosco aos bastidores. No primeiro dia abrimos as portas a toda a gente que queria autógrafos e demos autógrafos a 4 mil pessoas, foram três horas depois de um concerto de duas horas em que o nosso coração bateu por todo o lado. Foi duro. Quando acabámos ainda fomos um bocadinho ao terraço do hotel e falámos um bocadinho sobre o que tinha acontecido, mas passados 2 minutos já queríamos todos ir dormir, estávamos esgotados.

Deu tempo também para a equipa se juntar muito. No primeiro dia em que fomos ao Porto foi bonito, porque juntámos a equipa toda numa esplanada e estivemos a noite toda lá a falar, a rir, e foi muito divertido. Conseguimos juntar a equipa toda e fazer daquilo outra vez uma família. A nossa equipa é toda antiga, é a equipa de 2005. Juntámos algumas pessoas, porque os concertos são maiores, mas o nosso core, a nossa base da equipa, como o road manager, segurança, produtor musical, baterista, o João Matos, que era o nosso baixista antigo, o nosso técnico de frente, de palco, e acrescentámos dois músicos. Foi o reviver isso tudo, quisemos juntar esse pessoal todo. Deu para estar mais uns com os outros e usufruir mais uns dos outros.

Sentem que depois do último concerto vão “ressacar” desta vida em tour, sem concertos, palmas e público?
Cifrão - Sem dúvida. Nós já estamos a sentir isso, porque o último concerto que demos foi a 3 de junho e já passaram dois meses. Já estamos a ressacar subir a palco, fará quando acabarmos no dia 19, o vazio que não vai ser. Mas é normal, acontece e faz sentido. Nós agora temos de parar, pensar um bocadinho e ver o que vamos fazer.

O Vintém confirmou aos jornalistas na Festa de Verão da TVI, a 1 de julho, que os D’ZRT estão a preparar um documentário com “um bocadinho de tudo”. Já há altura prevista para o lançamento?
Vintém -
Ainda não. Como queremos fazê-lo de uma forma especial, como tudo o resto, são coisas que levam algum tempo. Ainda por cima um documentário com toda a nossa história, de todos estes anos. Isso está a ser trabalhado pelo Filipe Terruta [diretor criativo da TVI], pela equipa dele, que está connosco sempre desde o início. Não há data prevista ainda, mas estamos a trabalhar nisso.