O príncipe Harry e Meghan Markle receberam o Robert F. Kennedy Ripple of Hope, um galardão que consagra quem se destaca na luta pela igualdade de direitos humanos. A razão que está por detrás deste reconhecimento prende-se com o facto de a presidente da instituição que o concede, Kerry Kennedy, considerar que os duques enfrentaram o "racismo estrutural" que permeia a família real britânica, avança o "Mirror".

Em causa estão algumas afirmações polémicas proferidas pela realeza – e que Harry e Meghan denunciaram, aquando da entrevista controversa à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, em março de 2021. O casal alegou que um membro da família real fez um comentário de cunho racista sobre a cor da pele de Archie, o filho dos duques que, na altura, ainda não tinha nascido.

Depois destas alegações, o príncipe William, irmão de Harry e primeiro na linha de sucessão ao trono do Reino Unido, foi forçado a defender a monarquia e todos os seus princípios. "Não somos uma família racista", afirmou o atual príncipe de Gales, citado pela publicação britânica.

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Uma coisa é certa: a atribuição deste galardão não caiu nas graças dos britânicos. Foi o caso de Andrew Norman Wilson, um escritor e colunista inglês, que decidiu dar a sua opinião, numa crónica publicada pelo "Daily Mail". Contextualizando com algumas personalidades a quem este prémio foi concedido, das quais Martin Luther King, Nelson Mandela e Desmond Tutu se destacam, o colunista considera "um absurdo" que os duques sejam colocados no mesmo patamar.

Depois, vai mais longe, enfatizando que "a aceitação deste prémio é de uma presunção monstruosa". Assim, aponta ainda que considerar a monarquia racista é "inacreditável". Isto porque a rainha Isabel II "ficou do lado de Mandela e de outros líderes africanos", quando estes reclamavam por sanções.

Além disso, relembrou também outros momentos em que membros da família real foram inclusivos, como é o caso de Carlos III, que ajudou imigrantes do Médio Oriente a estabelecerem a sua vida no Reino Unido, quando ainda mantinha o título de príncipe de Gales. "Chamem a nossa monarquia do que quiserem, mas não a chamem racista a partir dos confins do vosso estilo de vida luxuoso na Califórnia", conclui o escritor, citado pelo diário britânico.