Sandra Silva estreou-se na série "Floribella", na SIC, e ficou conhecida em “Morangos com Açúcar”, da TVI, quando tinha apenas 13 anos. Tem agora 24, é influencer, e acaba de alugar uma casa com o namorado. A nova fase da vida coincidiu com a criação de uma nova plataforma — Patreon, que permite aos chamados "patronos" contribuir mensalmente com um euro ou mais para ter a acesso a conteúdos exclusivos.

A criação de conta no Patreon gerou várias críticas nas redes sociais e houve quem insinuasse que Sandra Silva queria o dinheiro com o objetivo de mobilar a nova casa.

"Se o Patreon fosse para a minha casa, já o teria criado há algum tempo para juntar dinheiro. Quando criámos o Patreon já tínhamos praticamente tudo para a casa. Tenho pena, claro, que as pessoas tenham levado as coisas para outro lado. É mais maldade do que outra coisa", esclarece Sandra Silva à MAGG.

A influenciadora conta que a ideia começou a ser construída em maio, mas não chegou a avançar. "Na altura vi que outras pessoas tinham começado a usar o Patreon cá em Portugal, e também estava com a ideia de criar um podcast, mas acabou por não sair ainda. Estávamos ainda de quarentena e acabava por ter mais tempo para criar outras coisas. Não criei logo, mas nunca foi uma coisa que pusesse de lado", explica Sandra Silva à MAGG, acrescentando que não achou que a quarentena ou o verão fossem a altura certa para lançar uma nova plataforma.

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Mas porquê agora? "Porque me apeteceu. Tal como no YouTube não houve um propósito para o dia em que lancei", responde a influenciadora. Contudo, o facto de ser lançado poucos dias depois de anunciar o aluguer de uma nova casa, levou a várias "interpretações erradas".

Quanto ao rendimento da nova plataforma, Sandra revela que tanto "pode ser para a casa, como para pôr gasóleo no carro". O problema está no facto de, no Patreon o valor recebido ser visível, uma vez que através de plataformas como o YouTube, onde Sandra tem presença ativa desde 2017, também recebe receitas. "Se as pessoas pensarem um bocadinho, qualquer pessoa que vá ver um vídeo, uma fotografia, está a ajudar um criador de conteúdo a criar a sua comunidade e a ganhar mais dinheiro", explica.

Como lidam os influenciadores com a crítica?

Esta não foi a primeira vez que Sandra Silva se viu confrontada com comentários negativos sobre os conteúdos que partilha e o tempo foi-lhe dando várias ferramentas para lidar com essas situações. Além de nem procurar os comentários menos positivos -  "acho que ninguém se deve focar nisso" - percebe o porquê de isso acontecer.

"Acho que aprendi a lidar ao longo do tempo. Assim como gosto de algumas coisas e não tanto de outras, ou de seguir umas pessoas e não outras com quem não me identifico, aprendi que é normal que haja pessoas a seguir o meu trabalho e outras que não se identifiquem. E ao aceitar isso é muito mais fácil para mim ver comentários menos positivos", refere.

O facto de ser influenciadora, um conceito que ainda gera animosidade em Portugal, não favorece a forma como é vista, podendo ser um alvo fácil. Mas quanto a isso, Sandra afirma: "Considero que qualquer pessoa que tenha o mínimo de exposição é um alvo fácil". A influenciadora reconhece que a criação de conteúdos e o digital ainda estão em crescimento em Portugal e pode ser maior alvo de crítica por isso. "Não há essa aceitação por parte da sociedade".

A influenciadora, que conta com 33,2 mil subscritores no YouTube e 73,3 mil seguidores no Instagram, quer, no fundo, usar as suas plataformas (às quais acresce o Patreon, onde irá partilhar conteúdos em "em primeira mão" do seu dia-a-dia) como forma de chegar a mais pessoas.

"Pretendo usar as plataformas e a voz que tenho para alertar para coisas que considero importantes. E quem me segue há algum tempo, sabe que é isso que faço. Tanto posso partilhar uma peça de roupa, como posso partilhar que uma instituição está a pedir doações, como vou eu doar", revela.

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No que diz respeito à partilha da nova fase da vida numa casa nova, a intenção de Sandra Silva é continuar a fazer aquilo que sempre fez até hoje, mostrar momentos da sua vida, que neste caso serve até "como forma de agradecer", diz, às pessoas que a apoiam, que gostam do que faz, e que contribuíram para o crescimento da comunidade que tem atualmente nas plataformas digitais.

É também esta comunidade que defende Sandra da críticas. "Soube que isto [críticas sobre o Patreon] foi falado através dos meu seguidores. Recebi algumas mensagens em que me disseram várias vezes 'não ligues', 'adoro o teu trabalho'. Eu não fico assim tão preocupada, porque acho que em qualquer tipo profissão temos de ter a certeza daquilo que fazemos, que gostamos e que fazemos bem feito. Como tenho a certeza daquilo que faço e sei que é feito com gosto, estou de consciência tranquila", esclarece.