Volta e meia, os utilizadores das redes sociais encontram alguma coisa para reprovar. Esta semana, a julgar pela hashtag que chegou ao topo das tendências do Twitter, #BoycottMaybelline, parece que foi a vez de a marca de beleza ser o alvo de uma onda de críticas. Isto tudo porque estabeleceu uma parceria com Dylan Mulvaney, uma mulher transgénero de 26 anos.

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Em março, a ativista publicou um vídeo no TikTok, no qual se maquilhava com produtos da marca. O vídeo foi republicado pela Maybelline, no Instagram, e levou vários internautas a porem em causa a premissa da mesma, uma vez que parecia que já não se destinava apenas a mulheres (neste caso, cisgénero, ou seja, que se identificam na totalidade com o género de nascença).

"Olá, Maybelline. Nós, mulheres, lutámos durante anos para chegarmos aonde estamos", começa por dizer um utilizador, no Twitter, acrescentando que "os direitos das mulheres estão a ser retirados por estes homens", referindo-se a Dylan Mulvaney. No fim, ainda apelou a que todas aquelas "que nasceram mulheres" ajudassem o boicote a crescer, divulgando a hashtag.

À medida que este género de retórica continuava a ganhar expressão, a ativista e influenciadora acabou mesmo por se tornar alvo de algumas figuras de direita, que também aproveitaram para espalhar mensagens de ódio. Foi o caso de Jordan B. Peterson, um psicólogo clínico canadiano já conhecido pelas suas opiniões polémicas. "Obviamente que já é hora de incluir a Maybelline no clube do boicote, juntamente com a Disney, a Nike e a Budweiser", comentou.

Mas esta já não é a primeira vez que uma marca fica sob escrutínio por se associar a Dylan Mulvaney. A mais recente polémica incidiu sobre a Budweiser, uma das marcas que o psicólogo canadiano enumerou no seu tweet, que se foca na produção de cerveja. A influenciadora também colaborou com a marca e isso fez com que outros parceiros, como os músicos John Rich, Travis Tritt e Kid Rock, tecessem comentários (que muitos consideraram transfóbicos) em relação a esta escolha.

Dylan Mulvaney conta, atualmente, com quase 11 milhões de seguidores no Tiktok. A influenciadora popularizou-se nessa plataforma por ter assumido publicamente a sua transição em março de 2022, quando começou a documentar o processo em vídeos diários, numa rubrica intitulada "Days of Girlhood" [dias de feminilidade, em português].

Desde então, a influenciadora tem lutado para dar voz aos direitos das pessoas transgénero. Das colaborações com as marcas à visita à Casa Branca, onde debateu este tópico com o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a lista de marcos importantes na carreira e no ativismo de Dylan Mulvaney não tem parado de crescer.

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