A apresentadora Leonor Poeiras entrou "N'A Caravana" de Rita Ferro Alvim para uma conversa divertida, mas também reveladora. Um dos temas abordados foi a vida depois ter sido dispensada da TVI em julho, ao fim de 17 anos a trabalhar em exclusivo para o canal, embora admita que "não tinha nada por garantido".
"A prova disso é que não estou neste preciso momento numa situação de aflição total a nível financeiro, por exemplo", revela no podcast "N'A Caravana". Durante o período em que esteve na TVI, a apresentadora nunca foi colocada nos quadros da estação, mas beneficia agora do facto de sempre ter sido "organizada" e ter poupado dinheiro, diz, que lhe tem permitido viver do dinheiro que tem guardado.
"Posso dizer que foi com imensa tristeza e injustiça que vi o que me foi feito. Basicamente fui dispensada, fui despedida. O meu advogado usa mesmo a palavra 'despedida', mas por não haver um contrato parece que fica 'como assim foste despedida se não tinhas um contrato'?", refere a ex-apresentadora do "Somos Portugal".
Apesar de não tomar por garantido o lugar na estação de Queluz de Baixo, Leonor Poeiras, que fazia trabalhos de entretenimento e de informação na TVI, admite que foram "muitos anos". "Já tive temporadas em que não trabalhei quatro a cinco meses e o mínimo dos mínimos era envolverem-te. É de uma arrogância tal que não nos deixaram outra solução senão recorrer às vias judiciais", aponta. "É muito triste", acrescenta.
Quanto ao processo, a apresentadora revela que pessoas muito próximas, "próximas até a um nível profissional e aí fiquei um bocadinho desgostosa", admite, "ficaram chocadas" com a denúncia de Leonor Poeiras, alegando que a apresentadora estaria a "fechar portas a uma possível RTP, SIC", diz.
Leonor Poeiras fala ainda sobre a nova administração da TVI, que tentou contactar, mas sem sucesso. "Nem a nova administração quis falar comigo. Tentei tudo, estou completamente de consciência tranquila", refere.
Quanto ao filho, António, fruto da relação com Miguel Braga, Leonor Poeiras diz que tem sido "transparente" quanto ao que se está a passar.
Por isso, quando António lhe pede algo, explica: "'Não te vou comprar isso, porque a partir do momento em que não estou a receber nenhum ordenado, porque se te vou comprar uma coisa de 60€ e estou a viver do dinheiro que tenho guardado, não seria muito inteligente comprar uma coisa supérflua'", diz.