De férias no Dubai com Carolina Pinto e a filha em comum do casal, Maria Emília, de 1 ano, Marco Costa visitou o zoo privado de Humaid Albuqaish, considerado um dos homens mais ricos dos Emirados Árabes Unidos, e gerou polémica ao mostrar-se ao lado de animais acorrentados.
No vídeo que partilhou, Marco Costa é visto com tigres, ursos, lémures, cobras, entre outros animais. “Só possível numa realidade diferente da nossa, não poderia nunca deixar de viver esta experiência inesquecível. (...) Na vida é preciso coragem para viver e apesar de saber que para a nossa cultura é uma realidade muito diferente, não poderia deixar de dar o testemunho do amor que todos os animais têm pelos seus criadores. Eu fui acolhido por uma macaca que quis tratar de mim, saltei quando o tigre me olhou de lado e sorri quando o Cafy saltou com medo do leão. Para mim, viajar é vivermos novas culturas e por isso fico grato pela experiência”, legendou.
Veja o vídeo.
O pasteleiro está a ser criticado por várias organizações e defensores dos direitos dos animais, sendo que a SOS Animal partilhou esta segunda-feira, 29 de janeiro, uma carta aberta a Marco Costa. “Lamentavelmente, mesmo com tanta informação, observamos figuras públicas a promover a cruel indústria do turismo com animais sem qualquer preocupação com o seu bem-estar”, começaram por dizer.
“Caro Marco Costa, gostaríamos de partilhar algumas preocupações sobre a promoção de animais selvagens em zoológicos. Os zoológicos não conseguem proporcionar um ambiente adequado para as espécies que detêm em cativeiro, limitando a expressão natural de seus comportamentos. Ao invés de incentivar cativeiros, consideremos focar em projetos de conservação e educação para proteger e preservar essas espécies incríveis em seus habitats naturais. Acredito que, juntos, podemos fazer a diferença”, apelou a associação de resgate.
A SOS Animal explicou também que "os zoológicos e a prática de acorrentar animais e os sedar para fotos vão contra a essência da vida selvagem". "Vamos repensar o respeito à vida animal e promover a preservação em ambientes naturais", reforçaram.
Com a onda de críticas, Marco Costa desativou os comentários da publicação e reagiu à polémica, mostrando que tem perdido vários seguidores. “Respeito todas as opiniões diferentes. Mesmo que sem conhecimento do que falam, somos livres de pensar, e querer o que quisermos. No meu Instagram partilho a minha vida e o que vou vivendo. Muitos nem sequer leem o que eu escrevo e depois vão atrás de rebanhos. Coragem é sermos fiéis a nós próprios num mundo que nos quer fiel aos seus padrões”, escreveu.
Este assunto também foi comentado no “Alô Portugal”, na SIC, e a psicóloga Filipa Torrinha Nunes discordou da postura do pasteleiro. “O Marco veio reagir, do meu ponto de vista, com bastante arrogância. Ele não percebeu...”, começou por dizer.
“Acho que não temos que ir por aí mas, na verdade, o Marco está a mostrar uma total incapacidade em perceber e ouvir o outro lado, o lado de quem defende os animais. Está a ser muito arrogante e é muito triste ver uma pessoa pública com este tipo de postura. Não só está a alimentar um negócio como a alimentar a divulgação do mesmo para os seus seguidores, devia questionar-se e informar-se. Ele tem de se informar e deixar de ser arrogante”, atirou.