A cantora Mónica Sintra foi condenada a seis meses de pena suspensa e ao pagamento de uma indemnização de 12.500€. Em causa está um crime de difamação agravada de um juiz, do qual a artista é considerada culpada, fruto de uma publicação que fez na rede social Facebook.
O caso começou a 4 de junho de 2020, quando Ana Loureiro, dona de uma casa de prostituição e defensora da legalização da atividade em Portugal, acusou o juiz do Tribunal de Família e Menores de Mafra, Joaquim Manuel Loureiro, de pedofilia. E Mónica Sintra recorreu às redes sociais para dizer que não estava surpreendida com as alegações.
A par disto, aproveitou ainda para tecer críticas ao trabalho do magistrado, que tinha sido responsável por um processo de regulação para obter a guarda do seu filho menor. "Ele é bem conhecido pela porcaria que fez no tribunal de Sintra, obrigou-me a trocar de advogado no meu processo de custódia do Duarte", começou por escrever a cantora, citada pelo "Jornal de Notícias".
"Enviou uma acta que não correspondia ao que tinha sido dito na audiência, manifestou desagrado e preconceito pela profissão que eu tenho, disse barbaridades as quais ouvi e calei, e da única vez que não me calei abriu um processo contra mim", continuou. "A vida deu a volta e agora retiro o Doutor Juiz para tratá-lo como ele tratou muitas mulheres... por um ser humano desprezível", escreveu.
Dois anos depois, Joaquim Manuel da Silva foi considerado inocente, depois de uma das prostitutas envolvidas no caso ter confessado que tinha sido coagida a fazer uma denúncia falsa, diz a SIC Notícias. Ainda em 2022, o magistrado acabou por acusar Mónica Sintra de difamação.
Esta terça-feira, 20 de fevereiro, o Tribunal de Loures deu como provado o crime de difamação agravado, tendo condenado a cantora a uma pena suspensa e ao pagamento de uma indemnização choruda. Além disso, Mónica Sintra também foi condenada a publicar a decisão do tribunal na sua página de Facebook e em algumas revistas.