Nuno da Silva, que ficou em prisão preventiva na terça-feira, 15 de outubro, pelo crime de homicídio qualificado na forma tentada contra o filho de 5 anos, está detido sob proteção em Setúbal. A direção do estabelecimento prisional evita que o ex-concorrente do “Love on Top” se cruze com outros reclusos, de forma a protegê-lo de ser agredido, uma vez que existe um código de honra entre reclusos contra quem comete crimes contra crianças.

Bombeiros terão encontrado os dois filhos de Nuno da Silva regados com gasolina
Bombeiros terão encontrado os dois filhos de Nuno da Silva regados com gasolina
Ver artigo

O fotógrafo de 31 anos está fechado 22 horas por dia e tem apenas duas horas de recreio, uma da parte da manhã e outra de tarde, passando-as sozinho e sob a vigilância dos guardas. Além disso, as refeições são realizadas na sua cela, avança o “Correio da Manhã”.

Esta situação deverá manter-se até que saiam os resultados dos exames psiquiátricos que o juiz de instrução criminal de Setúbal quer que Nuno da Silva faça. O ex-concorrente ainda tem de ser observado por um médico psiquiatra indicado pelos Serviços Prisionais e o veredicto poderá levar à transferência para o Hospital-Prisão de São João de Deus, em Caxias.

Nuno da Silva já se apresentou no Tribunal de Setúbal e, apesar de ter dito ao juiz que queria falar, não conseguiu contar o que fez à criança na manhã de segunda-feira, 14, e falou mais dele próprio do que do filho de 5 anos, segundo o “Correio da Manhã”. Apesar de ter dito à GNR que obrigou Noah a ingerir combustível e comprimidos, o hospital garante que nada lhe foi administrado e que o menino não ingeriu gasolina nem outra substância.

Contudo, as autoridades admitem que Nuno da Silva tenha tentado sufocar o filho, sendo que o hospital não afasta nem confirma essa hipótese. O fotógrafo terá aparecido “instável e sem saber o que tinha feito” à criança e terá dito que “via no olhar do filho a raiva que sentia quando tinha a mesma idade”, disse Miguel Fernandes no “V+ Crime”.

Segundo o juiz, Nuno da Silva representa um perigo para si próprio e para terceiros, havendo perigo que repita os atos. Junto ao processo estão também elementos que mostram a elevada probabilidade de suicídio, algo que o fotógrafo revelou nas redes sociais no dia do crime que já tentou fazer várias vezes, devido a uma infância marcada por abusos sexuais e outros traumas.