Rafael Nadal anunciou esta quinta-feira, 10 de outubro, num vídeo publicado nas redes sociais, que se vai retirar do ténis profissional depois das finais da Taça Davis, que se realizam de 19 a 24 de novembro em Málaga, Espanha.
“Estou aqui para comunicar-vos que me retiro do ténis profissional. A realidade é que foram anos difíceis, os dois últimos especialmente. Creio que não fui capaz de jogar sem limitações. É uma decisão que é evidentemente difícil, que me levou tempo a tomar, mas nesta vida tudo tem um princípio e um fim e creio que é o momento adequado para pôr um ponto final numa carreira longa e com muitos mais êxitos do que os que jamais poderia imaginar”, começou por dizer o espanhol, natural de Maiorca, de 38 anos.
“Entusiasma-me muito que o meu último torneio seja a final da Taça Davis, a representar o meu país. Acho que é o fechar de um ciclo, uma das minhas primeiras grandes alegrias como tenista profissional foi a final de Sevilha, em 2004”, adiantou, acrescentando que se sente “super sortudo por todas as coisas que pôde viver” no ténis.
Rafael Nadal agradeceu a todas as pessoas envolvidas no desporto, como treinadores e os grandes rivais, aos pais, à irmã, à mulher, Maria Francisca Perello, com quem está há 19 anos e tem um filho, Rafa, 2 anos, ao tio, que foi quem o iniciou na modalidade, e aos fãs.
“Realmente, tudo o que vivi foi um sonho tornado realidade”, garantiu. “Saio com a paz de espírito absoluta em como dei o meu melhor, me esforcei em todos os sentidos. Só posso terminar a dizer mil obrigado a todos e até breve”, concluiu.
Durante a sua carreira, o antigo número 1 conquistou 92 títulos – sendo o quinto tenista com mais títulos na Era Open, através de Jimmy Connors (109), Roger Federer (103), Novak Djokovic (99) e Ivan Lendl (94) –, 22 deles em torneios do Grand Slam. Pela seleção espanhola, conquistou quatro Taças David e duas medalhas de ouro olímpicas, em Pequim (2008) em singulares e no Rio de Janeiro (2016) a pares.
Em junho de 2023, o espanhol foi operado à perna esquerda em Barcelona, devido à lesão que o afetava desde o Open da Austrália, que se realizou em 2022. A lesão obrigou-o a falhar os três últimos torneios do Grand Slam da temporada, entre os quais Roland Garros, em Paris, onde venceu 14 dos seus 22 títulos. Além disso, venceu quatro US Open, dois Wimbledon e dois Open da Austrália.