Angélico Vieira morreu há 11 anos, na sequência de um acidente de viação. Rita Pereira, que foi a única namorada publicamente assumida pelo cantor dos D'ZRT, falou abertamente sobre o processo de luto e sobre as marcas que a perda do ex-namorado deixaram na sua vida.
"Há 11 anos, sempre que me ligam, a primeira coisa que penso é 'morreu alguém, vão dizer-me agora'. É um problema. É viver com medo todos os dias", contou a atriz em entrevista a Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos, no "Dois às 10" da passada sexta-feira, 7 de outubro.
O medo da perda, de receber aquele telefonema que ninguém espera receber, toma conta da vida de Rita Pereira. E é a própria que o admite. "Tento concentrar-me muito, começo a pensar noutras coisas... mas sim, todos os dias. E não muda". Questionada sobre se já procurou ajuda profissional, a atriz de 40 anos admite que ainda não o fez. E explica porquê.
"Eu acho que preciso [de ajuda profissional] mas costumo sempre dizer que só falarei com um profissional que tenha passado pela mesma coisa. Estou errada, eu sei, mas até então tenho conseguido batalhar, tenho conseguido superar, tenho ainda esta questão, que vejo à minha volta que há mais pessoas como eu", explica a atriz, acrescentando: "na minha cabeça vai: 'se aquele profissional nunca passou por isto, o que é que ele me vai dizer que vai fazer com que um dia eu acorde e 'ah, afinal estas pessoas que eu amo nunca vão morrer ou nunca vão levar com um carro, ou nunca vão sair de casa e ter um ataque cardíaco'?", questiona Rita Pereira.
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Convidada para o programa das manhãs da estação de Queluz de Baixo para falar sobre o regresso dos D'ZRT, que vão voltar em 2023 para quatro concertos, numa digressão intitulada Encore, a atriz diz sentir-se "muito feliz" mas com algum receio de estar presente no concerto". "Receio só a nível emocional mas sei que vou estar muito feliz e vai ser uma viagem. Eu sabia desde o primeiro minuto que eles iam esgotar e que iam voltar um dia, nem que fosse por uma comemoração da vida do Angélico", afiança.
Rita Pereira revelou ainda que mantém uma relação de proximidade com a mãe de Angélico Vieira e que o filho, Lonô, chama Filomena de "tia". "A Mena está sempre presente na minha vida. Falo muitas vezes com ela, trato de muitos assuntos dela e o Lonô trata-a por titi". A atriz contou ainda que o companheiro, Guillaume Lalung, foi de férias com os pais de Angélico. "Eu acho isso espetacular, da parte de todos os envolvidos".