Rui Sinel de Cordes manifestou-se após ter atuado alcoolizado na primeira data da tour solidária do espetáculo “Morro Amanhã”, a 23 de janeiro no Teatro Tivoli BBVA, juntamente com Salvador Martinha e Luís Franco-Bastos, e ter ofendido uma espectadora, que fez com que esta e outros membros do público abandonassem a sala a meio.
“Pedir desculpa é o único ato possível em relação ao que aconteceu na passada terça-feira. Partilho tantas vezes aqui vitórias, é hora de partilhar também uma derrota. Foi uma noite de falhanços e erros apenas da minha responsabilidade, aos quais os meus colegas Luís e Salvador estão alheios”, começou por escrever.
Rui Sinel de Cordes afirmou que este foi o espetáculo mais difícil que já fez, uma vez que servia para homenagear o humorista Ricardo Vilão, que também fazia parte dos Lx Comedy Club e que morreu em setembro.
“No nervosismo daquele que foi o espetáculo mais difícil da minha vida, quis esconder emoções em palco e abusei do álcool antes do mesmo. Como consequência deste excesso, disse e fiz coisas que me envergonham profundamente, mas pelas quais sou o único responsável, independentemente do estado em que me encontrasse”, justificou.
O espetáculo teria uma segunda data, a 31 de janeiro no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, que devido ao que aconteceu, foi cancelada. “Nada me custa mais do que ter comprometido esta homenagem que planeámos ao Ricardo, isto na noite de dia 23, bem como no espetáculo de dia 31 - que será cancelado”, disse.
Rui Sinel de Cordes aproveitou para pedir desculpas publicamente, nomeadamente a Ana, a espectadora que pediu ao humorista para deixar os dois colegas falar e que foi insultada. “Já o tendo feito no dia a seguir ao espetáculo, deixo agora as minhas desculpas públicas à Ana, uma pessoa que insultei sem justificação e saiu da sala, com toda a razão. Devo destacar e agradecer a generosidade da resposta da Ana. Deu-me uma lição”, garantiu.
“Estendo estas desculpas também às restantes pessoas que estavam na audiência, à produção e ao teatro, mas sobretudo à família do Vilão. Mantemos todos o compromisso de entregar o lucro deste espetáculo à família dele nos próximos dias”, acrescentou.
O humorista referiu que, em 19 anos de carreira, o ocorrido no dia 23 de janeiro foi “uma exceção ao que tem sido a regra”. “Ainda assim, é hora de fazer acertos e corrigir coisas que evidentemente não estão bem. É tudo o que vos posso e consigo dizer por agora. Voltarei certamente a este assunto num futuro próximo. Espero que compreendam”, concluiu.