Já não é novidade que Harry e Meghan Markle estão prestes a sair da família real, mas todo o processo, esse sim, é uma novidade. Apesar de outros membros da família real terem procurado independência, como as princesas Eugenie e Beatrice, primas de Harry e filhas de Andrew Albert, duque de York, o caso dos duques de Sussex é diferente.
O casal tem uma grande exposição mediática e a decisão de se tornarem independentes, passando a viver no Canadá, exige medidas de segurança iguais ou até superiores às que tinham quando ainda faziam parte da família real. Por isso, os custos para garantir a segurança do casal tem sido um dos temas mais falados.
Até agora, os valores mencionados nunca estão abaixo dos 1,5 milhões de euros — valor que não agrada os canadianos. De acordo com o site "Business Insider", uma pesquisa recente revela que 73% da população não apoia a ideia de serem os contribuintes do país a cobrir os custos de segurança de Harry e Meghan.
Para avaliar os riscos a que o casal está efetivamente exposto, existe um guia de avaliação das ameaças e riscos (TRA), com o objetivo de planear uma resposta de segurança eficaz. O TRA, elaborado em 2007 pelo governo do Canadá, não mostra apenas as medidas de proteção devem ser tomadas, como também informações sobre ameaças passadas contra a família real e o cenário de perigo no país. E é com base neste guia que se vai definir um programa de segurança final para os duques de Sussex, bem como os respetivos custos.
Estes começam logo pela elaboração do programa: uma empresa americana pode cobrar entre 22 e 44 mil euros. Depois, para aplicar o plano, os custos começam a acumular-se.
Logo na casa, onde os duques de Sussex devem instalar um sistema de alarme e câmaras de alta tecnologia, os valores podem chegar aos 45 mil euros. A este valor pode ainda ser acrescentados mais de 400 mil euros, para construir uma sala de pânico — outra das recomendações definidas no TRA.
Continuamos a usar o sinal de soma: se os duques acharem importante investir num carro blindado de luxo, os valores nunca serão menores do que 8 milhões de euros e se às medidas de segurança também quiserem acrescentar oficiais de proteção particular, esta opção, de acordo com Jim Rovers, vice-presidente sénior de operações da AFIMAC, empresa internacional de consultoria em segurança, pode custar 1,4 milhões de euros por ano no caso de serem contratados cinco oficiais a tempo inteiro (se a avaliação das ameaças assim o justificar).
Uma vez que Harry e Meghan vão tornar-se financeiramente independentes, são eles a decidir se querem aceitar todas ou apenas algumas das recomendações do TRA, de acordo com o orçamento disponível.