A posição de Scarlett Johannson sobre Woody Allen, de quem diz ser amiga, não é nova. Desde 2014 que o realizador de filmes como "Meia-Noite em Paris" ou "Match Point" é acusado de ter abusado sexualmente de Dylan Farrow, a sua filha adotiva. Woody Allen sempre refutou as acusações e Scarlett Johannson, que participou em três dos filmes do realizador, demonstrou o seu apoio pelo amigo.
O nome da atriz começou, aliás, a abrir manchetes na imprensa internacional no início do ano. Em causa estava não só o facto de demonstrar o seu apoio público por Allen, mas também por ter feito saber que "trabalharia com ele em qualquer altura".
Nas redes sociais, os comentários da atriz foram alvos de um escrutínio forte por parte daqueles que acreditam que Woody Allen terá abusado da sua filha adotiva. No entanto, numa nova entrevista à revista "Vanity Fair", Scarlet Johannson esclarece os comentários iniciais. Embora garanta que não mudou de opinião.
"É a minha experiência. Não sei mais do que qualquer outra pessoa. Apenas tenha um proximidade muito grande com o Woody... ele é um grande amigo meu", embora reconheça que os comentários que fez no início do ano possam ter parecido problemáticos.
"Percebo que a minha posição possa ter servido como gatilho para algumas das reações que se viram. Mas acreditar em Woody Allen não significa que não apoie as mulheres. Acho que devemos analisar caso a caso. Não podemos ter este tipo de generalizações, não acredito nisso. Mas é esta a minha posição pessoal e é assim que eu me sinto."
No entanto, a atriz adiantou ainda que qualquer conversa que envolvesse Woody Allen deveria ser feita "pessoalmente e com todas as pessoas envolvidas" em vez de dar "declarações à 'Vanity Fair'". "Não acho que seja produtivo porque só está a alimentar uma narrativa", concluiu.